Associação criminosa

Oito pessoas são presas no Sertão acusadas de furtar trilhos da antiga Rede Ferroviária Federal

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 05/12/2014 às 7:52

Trilhos eram retirados da ferrovia e colocados em uma carreta, com destino a São Paulo
Foto: Polícia Federal/Divulgação
Oito pessoas foram presas no município de Flores, no Sertão de Pernambuco, acusadas de furtar trilhos da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que seriam utilizados nas obras da ferrovia Transnordestina, que ligará a região aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará.

A Polícia Militar recebeu denúncias de que o grupo estava atuando durante a madrugada dessa quarta-feira (4) e montou equipes próximo ao local. Os policiais viram a movimentação das pessoas, que usavam uma carreta Scania modelo 113 branca para praticar o crime.

O motorista Ewerton Anselmo da Silva Freire, 25 anos, foi o primeiro a ser abordado. Ele confessou ter contratado pessoas para cortar e transportar os trilhos, que receberiam R$ 500, e foi preso. Os serventes de pedreiro Tonis Rafael Santana do Nascimento, 21, e José Ivan Nunes, 28, estavam prestes a fugir do local em uma moto e também foram detidos.

A carreta pertencia ao motorista Francisco de Assis Carvalho, 49, que foi o quarto a ser preso. Ele confessou que levaria os 65 trilhos para São Paulo, e por eles receberia R$ 8 mil.

Os agricultores Daniel Pereira Marinho, 18, Airon Santos de Queiroz, 20, o ajudante de pedreiro Erenilton Pereira dos Santos, 36, e o ajudante de depósito Tiago Santos e Souza, 19, foram detidos enquanto colocavam os trilhos dentro da carreta, e receberiam R$ 350.

Os oito foram levados para a Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, no Sertão, onde foram autuados por furto qualificado e associação criminosa, e caso sejam condenados poderão pegar penas que variam de 2 a 10 anos de reclusão. Eles foram encaminhados à cadeia pública de Salgueiro, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

De acordo com a Polícia Federal, geralmente os trilhos são retirados das linhas ferroviárias com o objetivo de ser transportado até empresas siderúrgicas, que derretem para transformá-los em outras peças de ferro.