Crianças queimadas por avó continuam internadas em São Caetano

As duas crianças que foram queimadas pela avó em São Caetano, no Agreste de Pernambuco, permanecem internadas no Hospital Adolpho Pereira Carneiro. De acordo com informações da diretora da unidade de saúde, Zuleide Miranda, os dois meninos, um de quatro anos e outro de sete, apresentam boa evolução clínica e já poderiam receber alta hospitalar.

Ainda segundo a diretora, a alta ainda não foi assinada por determinação do Conselho Tutelar. Eles permanecem sem previsão de alta porque não sabemos para onde eles vão quando saírem do hospital. A mãe dos meninos dependia do dinheiro da avó e morava na casa dela. O Conselho Tutelar está procurando pelo pai das crianças para saber o que vai fazer. Não vamos liberar os meninos para morarem na rua, explica.

O conselheiro tutelar do município, Reginaldo Magalhães, informou que mãe das crianças permanecerá com a guarda dos filhos. A mãe receberá toda a assistência do conselho, inclusive com psicólogo e assistente social. Pelo que soubemos, ela cuida muito bem dos meninos e não há motivos para retirar a guarda dela. Mas a mãe precisará de muita ajuda para manter as crianças. Ela está desempregada e como chegou a pouco tempo na cidade, cerca de um mês, ainda não sabe o que vai fazer, detalha.

ENTENDA - Uma mulher foi presa suspeita de queimar a mãos de dois netos na segunda-feira (22) em São Caetano. De acordo com informações da Polícia Civil, Maria Cenilda Vieira Fernandes, de 42 anos, teria queimado as mãos dos dois netos, um de quatro anos e outro de sete, na grelha do fogão. O caso ocorreu no Loteamento Boa Vista.

Ainda segundo a polícia, a avó alegou que as crianças estariam fazendo furos no sofá da casa dela e por isso, ela teria os castigado. A mãe das crianças, que não teve o nome divulgado, teria chegado em casa e impedido que a avó queimasse a mão de uma outra criança de dois anos. As crianças tiveram queimaduras de segundo grau.

A avó foi encaminhada para a delegacia. A polícia informou também que havia um mandado de prisão contra ela por homicídio. A mulher foi encaminhada à Colônia Pena Feminina de Buíque, também no Agreste.