Violência

Procurador é agredido por grupo desconhecido em Caruaru; família acredita em caso de homofobia

Diego Martinelly
Diego Martinelly
Publicado em 31/05/2015 às 17:14

A agressão ocorreu em uma rua próxima ao Pátio de Eventos de Caruaru
Foto: Diego Martinelly/TV Jornal

O procurador Jaílson Claudino da Silva, de 37 anos, prestou queixa por agressão neste domingo (31), após ter sido atacado por um grupo de aproximadamente 20 rapazes. O crime aconteceu por volta das 2h30, na Rua Frei Caneca, nas imediações do pátio de eventos de Caruaru, no Agreste pernambucano. A família acredita que o crime teve motivação homofóbica.

Jaílson, que é procurador do município de Salgadinho, que fica 118 km de Recife, viajou para Caruaru para participar de um encontro de ex-alunos da turma de direito da Faculdade Asces, onde se formou em 2002. O encontro ocorreu no Alto do Moura, durante à tarde. Os amigos resolveram esticar a comemoração e seguiram para conferir a abertura do São João de Caruaru, no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga.

Na saída da festa, por volta das 2h30 da madrugada, quando integrantes da turma retornavam para um hotel onde estavam hospedados, cerca de 20 rapazes atacaram com socos e pontapés Jailson Claudino da Silva.

Sem motivo aparente para a agressão, a irmã da vítima acredita que o crime teve motivação homofóbica. "Eles apareceram do nada e foram logo agredindo o meu irmão, que é homossexual. Não mataram meu irmão porque um taxista entrou na confusão e conseguiu segurar os agressores. O taxista ficou ferido na cabeça e teve que ser socorrido também por quem passava no local. Foi uma noite de horror", explica Edna Claudino da Silva, irmã do procurador. Além de Jailson, outras três pessoas que estavam com ele foram agredidas.

Jailson Claudino foi levado para una Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Caruaru, fez alguns exames e em seguida foi liberado. Na manhã deste domingo, o grupo prestou queixa na 1º Delegacia da cidade e fez exames traumatológicas no IML do município.

A Secretaria de Direitos Humanos de Pernambuco foi acionada e encaminhou um psicólogo, que ficou durante todo dia com o procurador e o restante do grupo. "Só espero que este caso não fique impune. É inadmissível que nos tempos atuais ainda existam pessoas que não respeitam o direito dos outros", finalizou a irmã.