Júri dos canibais

Audiência ouvirá 26 testemunhas do caso dos canibais de Garanhuns

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 28/10/2015 às 9:30

Trio foi julgada por um dos crimes cometido em Olinda
Foto: JC Imagem.
Será realizada nesta quinta-feira (29) a audiência de instrução do processo do trio conhecido como canibais de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Izabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva estão sendo julgados pelos assassinatos de Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, ocorridos no ano de 2012. A audiência começa às 9h.

Vítimas foram mortas em Garanhuns
Foto: JC Imagem.
Na audiência desta quinta, serão ouvidas inicialmente as 26 testemunhas que foram arroladas pelo representante do Ministério Público, o promotor de Justiça Jorge Gonçalves Dantas Júnior. Posteriormente serão ouvidas as testemunhas de defesa que houver. Após os depoimentos das  testemunhas, os acusados serão interrogados. Ao final dos depoimentos, o promotor de Justiça ou os advogados de defesa poderão requerer diligências.  Após a fase de audiências de instrução e julgamento, sem prazo para a conclusão, a Justiça definirá se os réus passarão por júri popular na Comarca de Garanhuns.

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Jorge Beltrão, Izabel e Bruna estão presos desde abril de 2012. O trio revelou que participava de uma seita chamada Cartel, que tinha por objetivo purificar o mundo e realizar o controle populacional eliminando mulheres. De acordo com as investigações, Jorge Beltrão detalhou, em uma espécie de diário macabro, os crimes que praticava com as vítimas. Para realizar os homicídios, esquartejar e até comer partes dos corpos das vitimas, Jorge contou com a parceria da ex-mulher, Isabel Cristina, e a lealdade da amante, Bruna.

Em 2014, o trio foi julgado e condenado por, no ano de 2008, assassinado, esquartejado e comido também a carne do corpo da adolescente de 17 anos Jéssica Camila da Silva Pereira. O fato ocorreu na residência onde os mesmos residiam na época, no bairro de Rio Doce, em Olinda. O júri popular ocorreu em Olinda .

Em Garanhuns, esta quinta, o salão de júri será aberto à imprensa, bem como a população, sendo respeitada a ordem de chegada, e a sua lotação máxima. Devido ao caso ter tido repercussão mundial, é esperado um grande número de profissionais de imprensa, estudante  de direito, profissionais da área de justiça, bem como dos mais diversos seguimentos da sociedade.

Para garantir a ordem e a segurança no local, a  direção do Fórum Ministro Eraldo Gueiros Leite, já solicitou reforço policial. Não há previsão para duração da audiência.