Apostas

PF apreende 160 galos usados para rinha e fecha espaço de competições em Gravatá

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 18/03/2016 às 8:10

No imóvel, foram apreendidos cerca de 160 galos usados para rinha
Foto: divulgação/Polícia Federal
Um dos maiores pontos de rinhas de galos em Pernambuco foi fechado nessa quinta-feira (17) em Gravatá, em operação da Polícia Federal com apoio do Ibama. Cerca de 160 animais foram apreendidos no Loteamento Santana, onde 130 pessoas colocavam os bichos para lutar e faziam apostas.

Prêmios variavam entre R$ 1,5 mil a R$ 20 mil para o galo campeão
Foto: divulgação/Polícia Federal
A investigação, que teve três meses de duração, descobriu que as pessoas se reuníam em um galpão para as competições de rinhas. O local encontrado pela polícia era afastado da cidade. Após passar por uma estrada de barro, os federais encontraram o prédio.

As 130 pessoas que estavam no local foram revistadas, mas não foi encontrado objeto de crime que justificasse prisão em flagrante. Destas pessoas, 10 estavam com galos na ocasião, e receberam multas no valor de R$ 3 mil por animal. As outras pessoas foram liberadas. 

O lugar em que as rinhas eram realizadas tinha o nome de Pena Forte; o espaço tinha ar-condicionado, cadeira para os espectadores, sistema de som, aparelho de televisão e venda de lanches e acessórios e souvenires (para os participantes e para os galos).

Os prêmios para quem ganhava os campeonatos promovidos pelo clube variavam de R$ 1,5 mil a R$ 20 mil para o galo campeão, além de R$ 500 a R$ 10 mil para o tratador do animal.



A PF também descobriu que o imóvel e a maior parte dos galos expostos no local era de um oficial da Polícia Militar - que não teve o nome revelado. Ele usava colegas de profissão para fazer a segurança do local. Dois PMs armados, sendo um cabo e um soldado, estavam no espaço no momento da operação. Eles serão investigados.

Em outros pavimentos, foram encontrados cerca de 160 galos de propriedade do oficial da PM, que além de treiná-los para as rinhas, utilizava o local como arena. O policial militar recebeu multa no valor de R$ 500 por animal. Caso as multas não sejam pagas, o nome da pessoa é negativado no SPC e Serasa.

O oficial e os 10 suspeitos foram levados à Delegacia de Polícia Federal em Caruaru, também no Agreste, onde foram autuados através de Termo Circunstanciado de Ocorrência por praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres ou domésticos. Caso sejam condenados, podem pegar penas que variam de três meses a um ano de detenção, além de multa.

Participaram da ação 25 policiais federais, de Recife e Caruaru, além de cinco fiscais do Ibama.