Crime ambiental

Quatro são presos em Tamandaré após pescarem lagostas no período de defeso

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 21/03/2016 às 8:25

Prisão foi ação conjunta da Polícia Federal com o Ibama.
Foto: divulgação/Polícia Federal
Quatro pescadores foram presos em Tamandaré, no Litoral Norte de Pernambuco, após  serem flagrados pescando lagostas no período de defeso. A ação da Polícia Federal e do Ibama foi realizada na última quarta-feira (16) e divulgada nesta segunda (21) pela PF.

A apreensão foi parte de fiscalização de rotina numa distância de seis milhas náuticas de Tamandaré, quando o efetivo policial encontrou o barco de madeira intitulado "Deus é a Verdade", em que estavam os pescadores.

O grupo estava com um isopor cheio de lagostas e jogou os crustáceos no mar ao perceber a aproximação da equipe, momento que foi filmado pela PF. Cerca de 80 kg do animal marinho foram devolvidos ao mar.


A polícia revistou os pescadores e prendeu os quatro após levá-los à PF no Recife. Eles foram autuados em flagrante por pescar em período proibido. Caso sejam condenados, eles poderão pegar penas que variam de um a três anos de detenção.  A PF também apreendeu com eles redes e compressores utilizados na pesca predatória.

Redes e compressores utilizados na pesca predatória foram apreendidos pela PF.
Foto: divulgação/Polícia Federal
O período de defeso começou em 1º de dezembro de 2015 e vai até 31 de maio deste ano em Pernambuco. É nesta época que as lagostas se reproduzem. De acordo com a PF, a pesca ilegal não pode ser justificada, já que os pescadores cadastrados junto ao governo têm direito a um seguro defeso neste período.

Jonatha Cavalcanti do Carmo, 34 anos, Julio Cesar de Lima, 25, Alexandre Buarque Vanderley, 42, e Francisco de Assis Ribeiro Victor foram liberados após pagarem fiança de R$ 300. Este último ainda foi multado em R$ 22,3 mil pelo Ibama, por ser dono da embarcação. Francisco de Assis ficará como fiel depositário do barco, mas está impedido de utilizá-lo até que as medidas judiciais e administrativas do Ibama sejam resolvidas.