Foto: divulgação
As vísceras dos animais abatidos estavam no chão, misturadas com sangue e fezes, e o abatedouro não apresenta infraestrutura de escoamento adequada; o transporte das fezes é feito em carros de mão, que transitam pelos ambientes em que é feito o corte da carne. Para piorar, os trabalhadores estavam em contato direto com os agentes contaminantes biológicos, sem a utilização de botas ou luvas.
Ainda segundo o MPPE, a Adagro fixou um prazo para que o município fizesse adequações necessárias para garantir que o abatedouro volte a funcionar sem oferecer riscos à população. A promotora de Justiça de Defesa da Saúde de Pesqueira, Andréa Magalhães Porto, solicitou uma nova inspeção, para que o espaço continue fechado, caso ainda não estivesse funcionando de forma adequada.
Para a reabertura do matadouro, seria necessário providenciar equipamentos de proteção individual para os trabalhadores que fazem o abate e corte das carnes, trocar as instalações elétricas (as existentes foram feitas de forma improvisada), reformar e pintar as mesas em que o corte das peças é feito e instalar os banheiros disponibilizados para o uso dos funcionários.
A reportagem do NE10 Interior conversou por telefone com o um dos diretores da Secretaria de Agricultura de Pesqueira, Célio Cordeiro, que informou que o espaço já foi liberado. "O que foi estabelecido foi uma interdição de dois dias para ajuste de conduta. Já foi feito tudo, trocado lâmpada, tudo foi feito e cumprido. O matadouro já está funcionando normalmente", afirmou.