Crime em 1999

Acusada de mandar matar o marido, defensora pública será julgada nesta quinta em Caruaru

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 03/11/2016 às 9:24

Julgamento será realizado no Fórum de Caruaru, no Agreste de Pernambuco
Foto: reprodução/Google Maps
A defensora pública Maria Paula Cavalcanti, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o advogado e empresário Mário Celso de Oliveira, em 1999, será julgada na manhã desta quinta-feira (3), no Fórum de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Também deve ser julgado nesta quinta Ednaldo Cavalcante da Silva, que teria auxiliado o executor do crime.

No total, quatro pessoas foram indiciadas. Condenado a 19 anos de reclusão em abril de 2004 por ser o autor dos disparos, José Aelson dos Santos foi assassinado, após cumprir um terço da pena e receber liberdade condicional.

Outra acusada pela morte do empresário, a mãe de santo Maria Aparecida de Menezes, foi julgada em março de 2013 e condenada a 24 anos e seis meses de reclusão. Ela recorreu da decisão e aguarda o julgamento do recurso em liberdade.

Relembre o caso

O empresário do setor imobiliário Márcio Celso de Oliveira, 50 anos, foi morto quando estacionava o carro na garagem de casa, no bairro Maurício de Nassau, no dia 15 de setembro de 1999. Ele chegou acompanhado da esposa, a defensora pública do Juizado de Pequenas Causas, e do filho mais velho, à época com 12 anos, que já tinham descido do veículo.

O crime teve grande repercussão na época, já que o casal era muito conhecido na cidade. Mário Celso, inclusive, atuou como secretário de Transportes na primeira gestão do prefeito José Queiroz.

A polícia chegou aos acusados após rastrear as ligações do celular de Maria Paula: foram registrados 157 telefonemas dela para Maria Aparecida e vice-versa, em três semanas após o dia do crime.

De acordo com a Polícia Civil, o crime teria sido motivado por questões financeiras: a vítima estava negociando a desapropriação de um terreno de 30 hectares na área do Distrito Industrial, avaliado entre R$ 350 mil e R$ 400 mil. O empresário também tratava da partilha de bens do pai dele, cerca de R$ 700 mil.