A Prefeitura de Agrestina, no Agreste de Pernambuco, disse por meio de nota que "sempre agiu dentro da estrita legalidade, sem causar prejuízo aos cofres públicos". Nesta quarta-feira (15), a Polícia Federal deflagrou a Operação "Cosa Nostra", para cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação de desvio de verba pública e fraude em licitação em vários municípios do Agreste.
As investigações começaram há oito meses e revelaram que, durante quatro anos, um cartel formado por empresas laranjas drenou recursos de dez prefeituras do interior. A estimativa é de que os contratos firmados entre as empresas e as prefeituras somem mais de R$ 100 milhões.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação aponta que existem dois cabeças no caso: o prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PMDB), e seu secretário de articulação política, Márcio Avelar Pimentel. "Todos os esclarecimentos foram prestados e as documentações fornecidas, a fim de colaborar com os órgãos de investigação", afirma o prefeito Thiago Nunes na nota. A Prefeitura de Agrestina informou ainda que os serviços públicos continuarão seguindo dentro da normalidade.
O secretário de Administração da prefeitura, Marcio Elson Patrício, também enviou nota à imprensa, informando que não há envolvimento de nenhum secretário da gestão municipal entre os investigados na operação. A secretaria informou ainda que, de acordo com a lei municipal nº 1.215/2013, de 27 de dezembro de 2013, não consta a criação da Secretaria de Articulação Política. "Assim, a informação de ter um secretário municipal como investigado, não procede", diz o texto.