Denúncia

Presidente do Central nega que jogadores tenham entrado em campo com fome

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 06/04/2017 às 11:18

Partida aconteceu na noite dessa quarta-feira na Arena Pernambuco
Foto: Guga Matos/JC Imagem

O presidente executivo do Central, Lícius Cavalcanti, negou nesta quinta-feira (6) que os jogadores do clube tenham entrado em campo sem se alimentar. A denúncia foi feita pelo zagueiro Sanny Rodrigues, após a partida entre Central 0 x 5 Náutico, realizada na noite dessa quarta-feira (5) na Arena Pernambuco. "Sanny tem a verdade dele e nós respeitamos", disse Cavalcanti. O presidente disse que o zagueiro seria afastado do clube, mas voltou atrás.

De acordo com Sanny, a última refeição feita pelos atletas havia sido o almoço. Segundo Lícius Cavalcanti, preparadores físicos recomendam que os jogadores não comam alimentos pesados antes das partidas, nem joguem de barriga cheia sob o risco de passar mal.

Segundo Lícius, os jogadores almoçaram por volta das 13h, antes de viajar. Quando chegaram no campo, aproximadamente às 17h, o time colocou à disposição dos atletas frutas como maçã, banana e melancia, além de suplementos alimentares e água. Após a partida, o time jantou em Vitória de Santo Antão. "Todos os jogos que fazemos em Recife têm uma logística", explicou.

Na noite dessa quarta (5), o técnico do Náutico, Milton Cruz, disse que o goleiro do Central pediu água várias vezes ao time rival. "O país do futebol deveria olhar com mais carinho para esses clubes que estão mais necessidades. Isso me deixa muito triste, muito chateado", afirmou. Sobre esta afirmação, o presidente executivo do Central afirmou que é normal para os times de futebol compartilhar água durante as partidas. "Existe uma parceria, um fairplay, todo mundo troca água", disse.

Dificuldades

Apesar disto, o Lícius Cavalcanti reconheceu que o clube passa por dificuldades, citando o campo do Central, que enfrenta problemas por causa da seca, e os salários atrasados. Segundo ele, o clube deve de um a dois salários a alguns dos jogadores. Perguntado se estes foram os motivos que prejudicaram o desempenho do time no Campeonato Pernambucano, o presidente executivo da Patativa disse que o problema no campo "atrapalha o trabalho em qualquer lugar".