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Secretaria de Saúde investiga casos suspeitos de febre amarela em Bezerros

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 25/01/2018 às 16:05

Homem de 45 anos foi atendido no Hospital Oswaldo Cruz, no Recife
Foto: Edmar Melo/JC Imagem

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) está investigando dois casos suspeitos de febre amarela em Bezerros, no Agreste de Pernambuco. As notificações foram feitas na noite de quarta-feira (24). Os pacientes são um homem de 45 anos e a filha dele, de cinco anos. Os dois passaram o período de festas de fim de ano em Mairiporã, em São Paulo, área com ocorrência da doença. A família voltou em 4 de janeiro e pai e filha apresentaram sintomas como febre, vômito e dores abdominais.

De acordo com a SES, o paciente não é vacinado para febre amarela e apresentou alterações hepáticas, mas não teve alteração renal ou hemorragia. O homem foi atendido na manhã desta quinta-feira (25) no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HOUC), no Recife, referência estadual em infectologia. Na unidade, o paciente foi avaliado pela equipe médica, que coletou material laboratorial. O caso será investigado tanto para febre amarela como para outras doenças que provocam estes sintomas, como hepatite, dengue e leptospirose. O homem apresenta quadro estável e deverá receber alta ainda nesta quinta.

A criança também apresentou os sintomas, no mesmo período do pai. O quadro de saúde da menina é estável. As amostras dos dois serão enviadas para um laboratório de referência nacional. A equipe técnica da SES está em Bezerros e faz a investigação dos casos. As ações de vigilância do município também estão sendo apoiadas.

Outros casos descartados

Neste ano, Pernambuco registrou quatro notificações de pacientes suspeitos para febre amarela. Dois dos casos suspeitos, registrados no Recife, foram descartados no início desta semana. A secretaria esclarece que o Estado não é área de circulação do vírus da febre amarela. Os casos notificados foram de pacientes que passaram por áreas do País onde há o vírus e a ocorrência da doença. Não houve registro da circulação dos mosquistos transmissores da doença (Haemagogus e Sabethes) nas áreas urbanas do território estadual.

Por não haver risco de transmissão, o Ministério da Saúde considera Pernambuco como Área Sem Recomendação de Vacina (ASRV). Desta forma, não há a necessidade de vacinação para os residentes. A vacina só é indicada para aqueles que viajarão, por motivo de férias ou trabalho, para as Áreas Com Recomendação de Vacina (ACRV) devido ao risco de transmissão.