Operação Gênesis

MPPE apreende documentos na Prefeitura de Catende

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 16/02/2018 às 8:17

Foco principal da operação é a cidade de Catende, na Mata Sul do estado.
Foto: Ministério Público de Pernambuco/Divulgação

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apreendeu documentos na Prefeitura de Catende, na Mata Sul de Pernambuco nesta sexta-feira (16), durante a segunda fase da Operação Gênesis, deflagrada em dezembro do ano passado e que investiga desvio de recursos públicos e irregularidades em licitações em cidades do interior do Estado. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três municípios da Zona da Mata Sul e do Agreste: Catende, Iati e Garanhuns.

De acordo com o MPPE, o foco principal desta fase da operação é a cidade de Catende, onde houve busca e apreensão de documentos, notas fiscais, procedimentos licitatórios e computadores no prédio sede da prefeitura e na Secretaria de Saúde. Também em Catende a sede da empresa Rodocar foi alvo de busca e apreensão. Em Garanhuns e Iati, o alvo foram as sedes da empresa Rodocar.

Participaram da operação o Grupo de Apoio Especializado de Enfrentamento às Organizações Criminosas do MPPE (Gaeco/MPPE), com o apoio operacional da Polícia Civil. Ao todo, participam da investida 42 agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, além de 12 servidores e membros do Gaeco.

Desvio

De acordo com o coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Ricardo Lapenda, o grupo que atua burlando processos licitatórios nas cidades alvo da Operação Gênesis desviou R$ 18 milhões dos cofres da Prefeitura de Quipapá, também na Mata Sul, onde o Ministério Público de Pernambuco desarticulou um esquema criminoso em 14 de dezembro, na primeira fase da operação. Há pelo menos sete empresas de fachada envolvidas, resumiu Lapenda.Vamos continuar com as investigações, por isso temos que manter a cautela e não podemos dar maiores detalhes para não atrapalhá-las, completou o promotor de Justiça Frederico Magalhães.