Economia

Cesta básica de Caruaru registra aumento após quatro meses de queda

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 26/12/2018 às 15:13

Itens que apresentaram elevação no preço foram o tomate, a banana, a farinha e o feijão
Foto: divulgação

O valor da cesta básica de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, apresentou aumento em novembro, após quatro meses de queda. A informação é de uma pesquisa feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip/Wyden. De acordo com o levantamento, a alta foi de 5,56%, a maior dos últimos seis meses. O custo da alimentação básica do caruaruense, que era de R$ 232,53, passou para R$ 245,46.

Os itens que apresentaram elevação no preço foram o tomate, a banana, a farinha e o feijão. Já o valor da margarina, do açúcar e do café registrou queda. Em novembro, a cesta continuou apresentando um preço menor que a do Recife. A diferença de R$ 88,04 foi menor se comparada às variações dos meses anteriores.

Pelo segundo mês consecutivo, o preço dos gêneros alimentícios aumentou em 16 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As altas mais expressivas foram em Belo Horizonte, São Luís, Campo Grande e São Paulo. Já as reduções foram registradas apenas em Vitória e Salvador. A cesta mais cara do País foi a de São Paulo e a cesta mais barata foi a de Salvador.

A pesquisa mostrou que, no mês, a carne, o pão e os legumes foram, respectivamente, os itens que mais pesaram nos gastos alimentares do caruaruense. Ainda segundo o levantamento, para conseguir ter acesso a uma alimentação básica capaz de garantir a sobrevivência digna de um grupo, uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo de R$ 2.062,09.

A pesquisa mostrou ainda que, em novembro, considerando o salário mínimo líquido em vigência, o trabalhador caruaruense desembolsou 27,97% da sua renda apenas com as despesas de alimentação. Ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, no mês passado, precisou trabalhar 57 horas para pagar o valor apresentado pela cesta básica, três horas a mais do que no mês de outubro.