Investigação

Polícia Federal deflagra 2ª fase da Operação Pescaria em Agrestina

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 28/03/2019 às 7:59

Operação foi deflagrada pela Polícia Federal de Caruaru
Foto: divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (28) a Operação Pescaria II, que tem como alvo suspeitos de integrar uma associação criminosa especializada na prática de fraudes em processos licitatórios no município de Agrestina, no Agreste de Pernambuco. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão.

De acordo com as investigações, era realizada a contratação para a construção de unidades básicas de saúde (com recursos do Ministério da Saúde) por meio da escolha prévia de determinada empresa de fachada pertencente a um dos integrantes do esquema. A empresa investigada não teria capacidade técnico-operacional e a execução das obras públicas era feita por um terceiro desqualificado, também integrante do esquema.

Esta segunda fase conta com a participação de 50 policiais federais, além de servidores da Controladoria Geral da União. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Agrestina, Garanhuns, Brejão, Panelas e Jurema, todas no Agreste pernambucano.

A PF também informou que o grupo é investigado pela prática de atos de ocultação e dissimulação dos recursos envolvidos nas fraudes. A investigação começou em novembro de 2018 e os crimes sob apuração são: fraude à licitação, associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 46 anos de reclusão, além do pagamento de multas.

Por meio de nota, a prefeitura de Agrestina informou que está colaborando com as autoridades.

Operação Pescaria

A ação desta quinta foi resultado da análise dos materiais apreendidos em cumprimento de mandados judiciais na primeira fase, realizada no dia 21 de fevereiro deste ano. Na ocasião, foram cumpridos três mandados de prisão temporária que foram convertidas em prisões preventivas, e seis mandados de busca e apreensão.

Durante a primeira fase da Operação Pescaria, a Controladoria Geral da União informou que os contratos firmados durante o exercício de 2018 entre a prefeitura de Agrestina e a empresa investigada somaram mais de R$ 1,8 milhão. O prejuízo aos cofres públicos será calculado no decorrer da apuração.