Comércio

Mobilidade é grande desafio na área central de Caruaru

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 17/05/2019 às 16:02

Rua Quinze de Novembro passará por recapeamento e ganhará ciclovia
Foto: Janaína Pepeu/Especial para o SJCC Interior

Com a população estimada em 356.872 pessoas, Caruaru cresceu cerca de 40% no número de habitantes em menos de 20 anos. Além disto, as ruas do centro da cidade - onde tudo começou - foram pensadas e projetadas no século XIX, quando o transporte ainda era feito através de carroças puxadas por animais. Por causa disto, com o tempo, ruas como a Duque de Caxias tornaram-se estreitas para a circulação de milhares de veículos durante todos os dias. Em dias mais movimentados, como os de Feira da Sulanca, às segundas, a situação piora. Foi pensando em soluções de mobilidade e em uma saída para que o centro não seja abandonado pelos moradores que a prefeitura do município desenvolveu vários projetos para a área.

Um deles é o da requalificação das ruas 15 de Novembro e 7 de Setembro. Conhecida como rua do Comércio, a 15 de Novembro é o endereço de lojas de segmentos como produtos para o lar, confecções, presentes, entre outros. O projeto de intervenções na rua inclui a criação de uma ciclovia, a construção de pontos de ônibus, drenagem, recapeamento asfáltico, entre outros.

Uma pesquisa realizada pela gestão municipal identificou que 70% das pessoas vão ao centro de ônibus. A ideia do projeto, portanto, é priorizar os pedestres e usuários do transporte público. A obra foi dividida em duas etapas: na primeira, que começou em abril, serão feitos os serviços na via; o investimento é de R$ 1,4 milhão. Na segunda, será feita a construção dos pontos de ônibus, a instalação da nova iluminação, entre outros. A previsão é de que cada uma dure quatro meses.

"Os grandes centros urbanos do Brasil estão morrendo, a gente não quer que o centro de Caruaru morra. Essa revitalização é para que as pessoas continuem comprando e investindo, por meio da garantia de conforto, mobilidade, plantio de árvores, segurança, iluminação. Vamos fomentar o comércio e melhorar o bem estar de quem vai ao centro", defendeu o secretário de Obras e Urbanismo, Rodrigo Miranda.

Outro projeto, o da Via Parque, tem a proposta de ser uma nova opção de mobilidade urbana que atravessará a cidade de leste a oeste. O projeto prevê implantação de ciclovia, ciclofaixas, pistas de cooper, bicicletários, academias, quadras poliesportivas, praças de convivência, nova iluminação, entre outros. No total, serão 7 mil metros de intervenção e o projeto é dividido nos eixos centro, leste e oeste.

As obras da primeira etapa - eixo centro - estão em andamento desde o ano passado e vão da BR-104, no início da Avenida Rui Barbosa, até o Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga. São 2,2 quilômetros de extensão e um custo estimado de R$ 4 milhões. A previsão é de que esta fase seja concluída em setembro, quando o espaço já poderá ser utilizado. "Estamos licitando o eixo 2, que vai da BR até a Vila do Aeroporto, então antes de terminar o eixo 1, a obra vai começar. A mesma coisa com o eixo 3. Cada fase tem a duração de um ano, mas elas vão acontecer ao mesmo tempo", explicou.

A Via Parque irá contemplar cerca de 14 bairros da cidade. A estimativa é que 150 mil pessoas sejam beneficiadas. A prefeitura também está estudando a realização de intervenções na rua Duque de Caxias, na São Sebastião, entre outras áreas do centro. Os projetos ainda não foram divulgados.