Economia

Cesta básica aumenta quase 6% em Caruaru; é o sexto mês consecutivo de alta

Cesta básica aumenta quase 6% em Caruaru; é o sexto mês consecutivo de alta

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 27/05/2019 às 9:56
Valor da alimentação básica em abril passou de R$ 311,95 para R$ 330,03 em Caruaru
Foto: divulgação

Uma pesquisa realizada por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden revelou que o valor da cesta básica de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, aumentou pelo sexto mês consecutivo.

De acordo com o levantamento, o valor da alimentação básica em abril passou de R$ 311,95 para R$ 330,03, totalizando uma alta de 5,8%. Entre os produtos que mais aumentaram estão o tomate (37,29%), o leite (17,62%) e a carne (5,3%). Por outro lado, o feijão, a margarina e o óleo tiveram queda nos preços.

De janeiro a abril deste ano, a cesta caruaruense acumulou alta de 29,42%, a maior da série histórica. Em abril, houve aumento em todas as 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Os aumentos mais expressivos foram em Campo Grande, São Luís, Aracaju e Vitória.

A cesta básica mais cara do País entre as capitais foi a de São Paulo (R$ 522,05) e a mais barata foi a de Salvador (R$ 396,75). A cesta básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a de Recife: a diferença foi um pouco menor se comparada às variações anteriores, passando de R$ 89,40 para R$ 87.

Salário mínimo e jornada de trabalho

A pesquisa revelou ainda que uma família de Caruaru deveria receber um salário mínimo, em abril, de R$ 2.772,61, para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e de outros itens necessários para garantir a sobrevivência digna de um grupo familiar. Este valor representa aproximadamente 2,78 vezes mais que o salário mínimo de R$ 998.

Considerando a jornada oficial de trabalho de 220 horas mensais, o trabalhador caruaruense em abril usou 34,6% de todo o tempo de trabalho (76 horas e 11 minutos) apenas para custear as despesas de alimentação.