Santa Cruz do Capibaribe

Filha caçula de policial morto em Pernambuco ainda chama pelo pai

Soldado André Silva, 32 anos, foi morto durante troca de tiros com assaltantes na semana passada

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 11/07/2019 às 15:28
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

A filha caçula do soldado André Silva, 32 anos, morto durante troca de tiros com assaltantes na semana passada na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, ainda chama pelo pai, de acordo com informações de outros familiares.

André, que deixou esposa e três filhas (de um, oito e 14 anos), era tido como conselheiro e ajudava financeiramente os parentes do Sítio Juliana, na zona rural de Santa Maria do Cambucá, cidade onde foi enterrado.

Uma tia do policial contou que a irmã dela e mãe dele, que já enfrentava a depressão, piorou. "Ela não quer se conformar, todo dia ela quer ir para o cemitério, tem vez que ela vai duas, três vezes, e não quer sair de lá. Está sendo muito difícil", contou.

Outra pessoa da família também lamentou a perda: "Nada do que foi feito vai trazer ele de volta. Ele era uma força, batalhador, sempre incentivava a gente a estudar, seguir nossos planos".

Pelo menos três dos quatro homens que participaram diretamente da morte do PM e de um assalto a uma casa lotérica e um mercadinho no bairro Dona Lica, em Santa Cruz, foram mortos durante uma operação da Polícia Militar na Paraíba.

No total, foram oito mortos, que segundo a polícia faziam parte de uma quadrilha de roubo a bancos. Um nono integrante da quadrilha e envolvido na morte do policial continua foragido. Wellington Kleber de Lima, 22 anos, conhecido como Cabeludo, aparece em uma "selfie" compartilhada através das redes sociais, que teria sido tirada dentro do carro usado no crime.

Sargento continua no hospital

O sargento Moacir Moreira, 47 anos, baleado na mesma ação que deixou o soldado morto, permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, em estado grave.

A esposa, Josiane Silvana, agradece a corrente de orações para que o sargento consiga se recuperar. "Tudo o que ele precisa eles [a equipe do hospital] estão fazendo para a recuperação dele, e agora é só a gente cair em campo com muita oração, que o pessoal continue orando, mas ele não está bem", disse, com a voz embargada.