Alunos, professores, diretoria e funcionários gerais do campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se reuniram na tarde dessa quarta-feira (14) para avaliar a situação financeira da instituição de ensino, que foi impactada com o contingenciamento de 30% nas verbas por parte do Ministério da Educação (MEC).
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"Vai apresentar, mais uma vez, qual a situação financeira que as unidades estão sendo submetidas pelo MEC. A universidade tem hoje recurso para manter as atividades até o mês de agosto. O mês de setembro, se não houver descontingenciamento do MEC a universidade não tem como manter seus contratos funcionando", explica o diretor do campus Agreste, Manoel Guedes.
Para o diretor, questões como limpeza, manutenção e segurança não poderão continuar sendo mantidas se o MEC não liberar parte do percentual. "A gente não tem expectativa de concluir o ano, a graduação. Então está sendo racionamento já de energia, em Recife já tem salas de aula sem ar-condicionado", lamentou a estudante Iany Morais.
O Governo Federal criou o projeto "Future-se", focado nas universidades, mas a ideia não foi bem aceita por quem está de dentro. "O bloqueio desses recursos tem obrigado a universidade a tomar um conjunto de medidas que tem dificultado muito a qualidade da formação e a própria vida na universidade, como por exemplo a não publicação de editais de apoio à melhoria dos laboratórios de graduação e pós-graduação, a não publicação de recursos para que as unidades das universidades gerenciem a sua manutenção", lamenta o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro.
O estudante Vitor Assis acredita que o projeto fará com que as mudanças nas universidades sejam feitas através das organizações sociais, e não da população: "Na realidade, a gente tem enxergado o projeto como sendo de fato a precarização do ensino público, a privatização dele. Essa relação Público-Privado já acontecia, sendo que o projeto que ele propõe eleva essa questão a outro nível, ou seja, a autonomia da universidade".