A Faculdade de Belo Jardim (Fabeja), no Agreste de Pernambuco, atua há mais de 50 anos na formação de professores e atende 14 municípios da região. Porém, há um ano a instituição de ensino passa por dificuldades que podem comprometer e impedir o funcionamento dela.
De acordo com os professores, além dos atrasos no pagamento dos salários dos docentes, a faculdade está sem os repasses do poder municipal. Além disto, os profissionais reclamam da infraestrutura do local, que está comprometida.
"Estruturalmente não dá para a gente hoje competir as instituições do entorno, considerando que estamos com ausência de carteiras, com salas sem ventiladores funcionando. Ou seja, a gente não tem minimamente uma condição adequada para receber o nosso aluno", lamenta a professora Carmem Peixoto.
Em fotos disponibilizadas pelos professores, é possível ver que nas salas não há bancas suficientes para os alunos e as que existem estão danificadas. Os professores também denunciam que os ônibus que transportam os alunos são apenas dois, e estão com problemas.
A situação foi motivo de protesto na semana passada, quando professores e alunos foram às ruas da cidade pedir ao poder municipal que olhe para a faculdade.
De acordo com os representantes do Sindicato dos Profissionais do Ensino Superior de Belo Jardim, várias reuniões foram realizadas junto à prefeitura, mas nada foi resolvido. Diante do impasse, o Ministério Público (MPPE) foi acionado.
O presidente da Autarquia Educacional afirmou que está buscando soluções para sanar os problemas. "Temos problemas estruturais, mas que com esforço, com muita garra, temos procurado resolver, solucionar", disse Sebastião de Carvalho.
O promotor de Justiça Daniel de Ataíde informou que houve uma reunião nessa segunda-feira (2) com o diretor da faculdade e está agendando um novo encontro com representantes dos professores, a direção, a autarquia e representantes da prefeitura do município no dia 12 de setembro pela manhã.