Educação

Caruaru ainda tem menos de 4 mil vagas em creches

Atualmente, há nove creches sendo construídas na cidade

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 04/09/2019 às 19:12
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Atualmente, há 21 creches e 3.700 crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Porém, este número está defasado e há várias crianças e mães precisando dos espaços.

É o caso da dona de casa Tamires Maria, que já chegou a trabalhar, mas atualmente não pode sair da residência porque tem que cuidar do filho Davi, de dois anos. Ela chegou a procurar uma vaga, mas até hoje aguarda a ligação do centro de educação infantil. "Tem muitas mães aqui que precisam de uma creche para colocar seus filhos e aqui não tem", lamentou.

Uma das promessas de campanha da atual prefeita, Raquel Lyra, foi de criar 8 mil vagas em creches até o fim do governo. Há nove creches sendo construídas na cidade em vários bairros e uma será iniciada ainda este mês, no bairro Nova Caruaru. Lá, haverá vagas para 188 crianças. A construção deve durar 10 meses.

A estudante Natália Ribeiro tem um filho de dois anos que mora com a avó no Recife para que ela possa trabalhar. "Disseram que ia ficar em lista de espera, só que demora muito, não é uma resposta imediata", disse. O mesmo sentimento é compartilhado por amigas dela, que também precisam deixar os filhos na creche para estudar ou trabalhar.

De acordo com o secretário de Obras do município, Rodrigo Miranda, os recursos para as construções são do Governo Federal. "Já temos prazos de conclusão para todas as que estão em execução. A grande maioria delas conclui este ano, restando apenas algumas para o ano que vem, se não me engano, três", disse.

Direito

Segundo a promotora Sílvia Amélia, a partir dos seis meses, as crianças têm o direito de se matricular. Caso não haja vaga, o município deve arcar com as despesas. "Já existe uma decisão judicial dizendo que, se não houver vaga na rede pública, o município é obrigado a matricular na rede privada, pagando todos os custos", relatou. A promotora orienta que as mães precisam deixar o nome na lista de espera e procurar o Ministério Público para que cada caso seja analisado.