Universidade

Número de graduações oferecidas em EAD aumentou em 51%, diz pesquisa

O dado representou um aumento de 2% em relação à 2017

Antonio Virginio Neto
Antonio Virginio Neto
Publicado em 20/09/2019 às 14:50
Divulgação/Universidade de Brasília
FOTO: Divulgação/Universidade de Brasília

Dados levantados por pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) indicam que os brasileiros tem mais oportunidades fazer um curso à distância. De acordo com o censo da educação superior de 2018, o número de graduações oferecidas na modalidade aumentou em 51% em relação ao ano de 2017.

Na prática, o dado representa a destinação de mais de 7 milhões de vagas para cursos de Ensino a Distância (EAD), contra 6 milhões oferecidas às graduações presenciais; O número coincide com decreto duplicado pelo Ministério da Educação (MEC), em maio 2017, ainda na gestão Michel Temer (MDB), que flexibilizou as regras para oferta de EAD. Entre os pontos do decreto está uma maior autonomia para a abertura de polos.

Ainda segundo a pesquisa, o ensino superior brasileiro registrou mais de 8 milhões de matrículas em 2018. O dado representou um aumento de 2% em relação à 2017. Deste total, 75% das matrículas são de instituições privadas.

É a primeira vez que o número de matrículas em graduações a distância supera o de cursos realizados de maneira presencial. O dado impacta no número de vagas oferecidas a cada ano nas instituições.

EAD vs Presencial

Embora o dado seja animador para a categoria EAD, a taxa de conclusão dos cursos à distância ainda é menor do que nos cursos presenciais. De todos que começam as graduações a distância, apenas 35% concluem a. Já nas faculddes presenciais, a taxa de conclusão é de 38,6%. Os índices refletem a trajetória dos estudantes que iniciaram os estudos em 2010.

A avaliação dos cursos a distância também é pior do que a de graduações presenciais. Durante a última avaliação com alunos concluintes, no Enade 2017, cerca de 6% dos cursos presenciais tiveram conceito máximo. Entre os cursos EAD taxa de aprovação foi de 2,4%¨.