Normandia

Prazo final para desocupação do Normandia é até esta quinta-feira (10)

Segundo o coordenador do MST Jaime Amorim, mesmo o prazo acabando nesta quinta, os moradores não vão deixar o local

Levi Xavier
Levi Xavier
Publicado em 10/10/2019 às 15:45
Reprodução/O Povo na TV/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/O Povo na TV/TV Jornal Interior

Os assentados do Centro de Formação Paulo Freire em Caruaru, no agreste de Pernambuco, tem até esta quinta-feira (10) para desocupar o assentamento. De acordo com o Juiz da 24º Vara Federal de Caruaru, caso não deixem o local de forma espontânea, o uso da força policial poderá ser utilizado.

Segundo o coordenador nacional do Movimento Sem Terra (MST) Jaime Amorim, mesmo que nesta quinta (10) seja o prazo final para a desocupação, os moradores não vão deixar o espaço ."Vamos resistir. A uma expectativa muito grande que o juiz volte atrás, entendendo os argumentos que foram trabalhados por nossos advogados. Nós temos fundamentações bastante reais e objetivas, que permite ao juiz tomar uma decisão favorável ao centro de formação", comentou.

Para o produtor rural Fernando Lourenço, todo o trabalho que foi desenvolvido desde a década de 90 não pode acabar. "Vivi minha infância aqui no Normandia, está aqui hoje é uma questão de honra participar e lutar pelo Centro de Formação Paulo Freire. Foi aqui onde a gente aprendeu e veio para acumular o incentivo da produção agrícola", disse.

Relembre o caso

No início de setembro, o juiz da 24ª Vara Federal de Caruaru acatou o pedido do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no qual solicita a reintegração de posse do assentamento Normandia, hoje ocupado por membros do MST.

O assentamento Normandia funciona desde 1999. Hoje, ele abriga cerca de 41 famílias e cerca de 240 pessoas. No local, os próprios moradores cultivam alimentos que são distribuídos para várias cidades da região. Além disso, cursos de formação e trabalhos sociais são desenvolvidos.

Confira a reportagem do "O Povo na TV" da TV Jornal Interior