Conflito Judicial

Ordem de despejo do Assento Normandia é suspensa

Assentamento é o maior espaço do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Caruaru

Pedro Hierro
Pedro Hierro
Publicado em 16/10/2019 às 17:10
Reprodução/O Povo na TV/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/O Povo na TV/TV Jornal Interior

A ordem de despejo do Centro de Formação Paulo Freire, no assentamento Normandia, em Caruaru, foi suspensa na noite desta terça-feira (15) pelo desembargador Manoel de Oliveira Erhardt, do Tribunal Regional Federal (TRF), da 5ª Região. Este assento é o maior espaço de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na cidade.

O pedido de despejo foi aberto pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por conta de um conflito judicial. O Centro de Formação Paulo Freire faz parte de uma área de 15 hectares e há 20 anos é coordenado pela associação de assentados de Normandia. Este local foi ocupado no dia 1ª de maio de 1993 pelos trabalhadores rurais.

O objetivo da suspensão é tentar fazer um acordo entre o Incra e o Assento Normandia. A decisão será mantida até a decisão do TRF.

O local é voltado para o centro de formação, com atuações em diversas áreas da sociedade, como formação acadêmica e produção da associação dos trabalhadores do assentamento (Atranor).

Relembre o caso

No início de setembro, o juiz da 24ª Vara Federal de Caruaru acatou o pedido do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no qual solicitava a reintegração de posse do assentamento Normandia, hoje ocupado por membros do MST.

O assentamento Normandia funciona desde a década de 90. Hoje, ele abriga cerca de 41 famílias e cerca de 240 pessoas. No local, os próprios moradores cultivam alimentos que são distribuídos para várias cidades da região. Além disso, cursos de formação e trabalhos sociais são desenvolvidos.