Uma força tarefa formada por órgãos como a Marinha, o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, voluntários da sociedade civil, entre outros, atua nesta sexta-feira (18) para retirar as manchas de óleo que chegaram às praias de São José da Coroa Grande e Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco.
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Um grupo trabalha para retirar o óleo na foz do Rio Persinunga, na divisa entre Pernambuco e Alagoas. Barreiras foram colocadas na área para conter o avanço das manchas nas praias pernambucanas.
Uma retroescavadeira também é usada para fazer a limpeza. Pela manhã, um helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobrevoou a região. Um dos voluntários, o vigilante Jabson Nascimento lamenta o desastre ambiental. "Vim aqui dar uma força a todo mundo. É muito triste para nossa praia, estar desse jeito", disse.
Desde a noite de quinta-feira (17), um gabinete de crise foi instaurado na sede da Prefeitura de São José da Coroa Grande para alinhar as ações que seriam desempenhadas. O prefeito de São José da Coroa Grande, Jazira Gonçalves, decretou estado de emergência na cidade. "Todas as pousadas estão vazias, os pescadores não estão indo para a maré, e o estado de saúde, a gente não sabe o que vem no futuro", lamentou.
A situação preocupa os moradores da cidade, que vive principalmente da pesca e do turismo. "A gente comerciante de nosso município espera que essa catástrofe seja de menor proporção, para que não prejudique nosso movimento", disse o comerciante Zonari Sanguinette. Enquanto houver óleo na praia, os pescadores não podem atuar. "Acaba com tudo, peixe some. Fica difícil mesmo", afirmou o pescador José Ernesto da Silva.
A presidente da Associação de Turismo de São José da Coroa Grande, Michele Belo, disse que o setor já sente os impactos do desastre. "A atividade turística já está sendo afetada, pousadas recebendo cancelamento de reservas, catamarãs recebendo cancelamento de grupos que viriam fazer passeios no fim de semana", revelou.
O coordenador da Defesa Civil do município, Ivan Aguiar, informou que não houve grandes contaminações nos corais. "A gente conseguiu preservar numa grande quantidade, mas infelizmente chegou areia provido do quantitativo de Alagoas e pela posição do vento entrou em nossas áreas", explicou.
Tamandaré
Uma força tarefa também é realizada na Praia dos Carneiros, em Tamandaré, município próximo. Também chegou óleo na Praia da Boca, em menor quantidade. O prefeito da cidade, Sérgio Hacker, disse que o trabalho de prevenção já estava sendo realizado, mas a falta de recursos acabou impedindo que a preparação fosse maior.
De acordo com a prefeitura, o Cepene, a UFPE e o Instituto Recifes Costeiros estão com embarcações monitorando o mar, um drone e uma luneta e uma aeronave fretada por empresários.
Também foram mobilizados barcos de pesca para monitorar a área de 2 a 5 milhas da costa. Os barcos de pesca estão a postos, assim como jangadeiros e operadores de turismo náutico. Foi montado ainda um posto de monitoramento aéreo em Carneiros, e outro no farol do Forte de Tamandaré.