Manchas de óleo

CPI do Vazamento do Óleo é protocolada por João Campos na Câmara de Deputados

Deputado foi entrevistado pela Rádio Jornal Petrolina

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
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Marilia Pessoa
Publicado em 24/10/2019 às 12:48
Luiz Macedo/Câmara dos Deputados
FOTO: Luiz Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado federal João Campos (PSB/PE) protocolou nessa quarta-feira (23) a CPI de Vazamento do Óleo na Câmara dos Deputados. Ele conseguiu reunir mais de 250 assinaturas, ultrapassando as 171 que são exigidas. Em entrevista à Rádio Jornal Petrolina, o deputado explicou que o propósito da CPI é investigar a origem do vazamento de óleo nas praias do litoral nordestino, além de analisar as medidas tomadas pelas autoridades responsáveis e criar inovações jurídicas para evitar que novos acidentes aconteçam.

"Nós acreditamos que esse trabalho pode avançar. Nós temos expectativas porque se trata do maior desastre ambiental em extensão da história do país. E o parlamento brasileiro não pode ficar omisso a uma catástrofe desse tamanho", declara.

Quando questionado sobre observar mais de perto a situação do óleo nas praias, o deputado disse que começou a acompanhar há mais de 20 dias. "Comecei ainda antes da comoção maior com esses gestos belíssimos das pessoas que estão ajudando como podem. Fui em Paulista, fui na Paraíba. Estamos com um trabalho denso nessa área", completa.

Ouça a entrevista completa:

Manchas de óleo

As manchas de petróleo surgiram em praias do Nordeste e impressionaram turistas. O caso vem acontecendo desde o início de setembro deste ano e a substância tem sido avistada em pelo menos nove estados da região. Estima-se que mais de 2 mil quilômetros de costa foram poluídos. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a substância é hidrocarboneto, derivado de petróleo. Cerca de 958 toneladas do óleo já foram retiradas de praias pernambucanas.

A ligação entre o caso e as manchas ainda não foi investigada, entretanto, o animal apresentava piche ao redor do corpo. Conforme informações divulgadas pela revista Época, um laudo sigiloso teria sido encaminhado para o Ibama pela Petrobras, apontando que a mancha seria de Petróleo da Venezuela.