Polêmica

Comércio na Praça começa a funcionar em Caruaru nesta sexta

Segundo a prefeitura, ambulantes devem começar a trabalhar nos novos espaços no dia 1º

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 30/10/2019 às 9:22
SEIC Divulgação
FOTO: SEIC Divulgação

Os espaços do projeto Comércio na Praça devem começar a funcionar na próxima sexta-feira (1°), segundo informação da Prefeitura de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Os locais comerciais estão no Largo dos Guararapes, Praça Leocádio Porto e Largo da Conceição, os quais receberão os vendedores ambulantes.

O "Comércio na Praça" faz parte de um projeto de requalificação do centro da cidade e, de acordo com a Prefeitura de Caruaru, tem o objetivo de oferecer melhores condições de trabalho aos vendedores. Os espaços possuem banheiros públicos, depósito para material de limpeza, nova iluminação e acessibilidade.

O projeto começou em 2017, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa (SEDEEC) e Ordem Pública (SECOP). Foi realizada uma pesquisa com comerciantes para ouvir opiniões e auxiliar na elaboração do projeto e a prefeitura fez o cadastro dos ambulantes.

No ano passado, foi assinado pela prefeitura o contrato de repasse que garantiu as obras para o Largo dos Guararapes e Praça Leocádio Porto, que buscava organizar o comércio de ambulantes que atuam no centro. No mesmo ano, a prefeitura começou as obras na Praça Leocádio Porto.

Em março deste ano, prefeitura se reuniu com membros da Associação Caruaruense dos Trabalhadores Autônomos (ACTA), além de ambulantes não associados. O grupo conversou sobre a coberta nos espaços de trabalho e políticas para garantir o desenvolvimento do comércio local. Em setembro, foi realizado o "Capacita Ambulantes", no ginásio da Escola Municipal Álvaro Lins, que tinha o objetivo de capacitar ambulantes, para instruí-los sobre a relocação.

Ambulantes estão insatisfeitos

Nesta quarta-feira (30), os ambulantes ainda esperam saber se devem continuar no centro ou não. Uma ambulante explica:"Vamos para o Ministério Público para saber se vamos ficar no centro ou se devemos sair". Ela demonstra insatisfação em relação aos novos espaços e afirma que as instalações são mal feitas e o espaço não tem qualidade. "O local não tem movimentação de clientes. É uma preocupação da gente. Estou sem conseguir dormir", completa.