O fim de ano está chegando e com ele a necessidade das empresas contratarem funcionários temporários para atender a demanda aumentada. No ano passado, foram 4 mil empregos temporários gerados em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O setor do comércio foi responsável por 45% dos contratos; o de serviços, 40% e a indústria, 15%.
A sapataria Essencial planeja contratar de 10 a 12 vendedores por loja para o período. O objetivo é reforçar o atendimento e dar mais conforto aos clientes. "Nos precavendo para essa situação, a gente amplia o nosso quadro de funcionários. Estamos num processo de seleção justamente visando este período", disse o gerente Micael Leite.
O trabalho extra no período natalino pode gerar oportunidades por um período maior de tempo. Trabalhando com carteira assinada na sapataria Muniz, a vendedora Maria Izabel foi contratada há um ano depois de se destacar como temporária. "Dei meu máximo, eu e outros colegas que estamos aqui também, e graças a Deus acabamos ficando. Queria muito trabalhar nessa empresa, eu gosto muito do ramo de vendas", relembrou.
O vendedor Felipe Santos também estava desempregado quando conseguiu um emprego temporário e foi efetivado. "Foi uma oportunidade muito boa que surgiu, a gente teve que aproveitar o máximo e dar o melhor de si para conseguir essa vaga. Os que não ficaram, não desistam, que todos anos a gente faz seleções aqui", incentivou.
O ramo de restaurantes e bares também fica aquecido nesta época do ano, por causa das confraternizações e comemorações. O empresário Moacir Ramos tem dois restaurantes com cerca de 90 funcionários. Outros dez devem ser contratados para as festas de fim de ano. "O material humano aqui é fundamental, só assim a gente tem como prestar um bom serviço e fazer com que o nosso restaurante seja bem procurado", disse.
Direitos
As oportunidades devem ser aproveitadas, mas é preciso estar atento ao cumprimento dos direitos dos trabalhadores por parte das empresas. De acordo com o auditor fiscal do trabalho Francisco Reginaldo, os direitos devem ser dados de forma proporcional. "Eles têm os mesmos direitos dos trabalhadores efetivos, como salário igual, FGTS, vale transporte. O que diferencia é que ao final da contratação, eles não vão ter direito à indenização dos 40% do FGTS nem aviso prévio", explicou.