Uma faculdade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está estudando a efetividade das plantas medicinais, utilizadas há vários séculos pela população para curar inflamações, doenças, entre outros problemas de saúde. Criada há 10 anos, a horta da instituição de ensino tem nove espécies de plantas. Muitas delas já tiveram o funcionamento comprovado.
"O mastruz é utilizado para Ascaris lumbricoides, nós temos também a hortelã da folha miúda, que é utilizada para giardia e para ameba. Nós temos também o manjericão, que é muito utilizado na culinária, mas ele é um potente anti-inflamatório", elenca o professor Arquimedes Melo.
Além destas, a colônia é conhecida como anti-hipertensiva. No laboratório, os acadêmicos descobriram que ela também tem capacidade antimicrobiana. "Na atividade anti-hipertensiva, ela vai atuar através da sua constituição química por alguns metabólitos, que são os flavonóides. Eles vão ser capazes de diminuir a pressão arterial. Na atividade anti microbiana, quando a gente elabora o extrato, tem toda uma composição, diferentes componentes, e com isso a gente consegue inibir diferentes micro-organismos. O principal que a gente pôde observar foi o estafilococos aureos", explica a estudante universitária Elaine Diniz.
Na Feira de Ervas, localizada no Parque 18 de Maio, há muitos destes remédios naturais. "Vem da família antiga, dos meus avôs. A família já é acostumada a comprar ervas para curar", diz um dos clientes, o pedreiro Erivaldo Santos. Segundo a feirante Severina Bezerra, há cerca de mil ervas sendo comercializadas no local. "Servem para insônia, eu tenho chá que serve para labirintite, enxaqueca, dor de barriga, gastrite, inflamação", garante.