Estudos

Plantas medicinais têm efetividade comprovada por faculdade de Caruaru

Horta da instituição de ensino tem várias espécies de plantas

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 27/11/2019 às 16:51
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Uma faculdade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está estudando a efetividade das plantas medicinais, utilizadas há vários séculos pela população para curar inflamações, doenças, entre outros problemas de saúde. Criada há 10 anos, a horta da instituição de ensino tem nove espécies de plantas. Muitas delas já tiveram o funcionamento comprovado.

"O mastruz é utilizado para Ascaris lumbricoides, nós temos também a hortelã da folha miúda, que é utilizada para giardia e para ameba. Nós temos também o manjericão, que é muito utilizado na culinária, mas ele é um potente anti-inflamatório", elenca o professor Arquimedes Melo.

Além destas, a colônia é conhecida como anti-hipertensiva. No laboratório, os acadêmicos descobriram que ela também tem capacidade antimicrobiana. "Na atividade anti-hipertensiva, ela vai atuar através da sua constituição química por alguns metabólitos, que são os flavonóides. Eles vão ser capazes de diminuir a pressão arterial. Na atividade anti microbiana, quando a gente elabora o extrato, tem toda uma composição, diferentes componentes, e com isso a gente consegue inibir diferentes micro-organismos. O principal que a gente pôde observar foi o estafilococos aureos", explica a estudante universitária Elaine Diniz.

Na Feira de Ervas, localizada no Parque 18 de Maio, há muitos destes remédios naturais. "Vem da família antiga, dos meus avôs. A família já é acostumada a comprar ervas para curar", diz um dos clientes, o pedreiro Erivaldo Santos. Segundo a feirante Severina Bezerra, há cerca de mil ervas sendo comercializadas no local. "Servem para insônia, eu tenho chá que serve para labirintite, enxaqueca, dor de barriga, gastrite, inflamação", garante.