Caso Beatriz

Protesto em Petrolina relembra 4 anos sem Beatriz Mota

Família da menina faz manifestação pedindo por justiça

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 10/12/2019 às 9:08
Reprodução/ Facebook
FOTO: Reprodução/ Facebook

A família da menina Beatriz Angélica Mota, morta a facadas no dia 10 de dezembro de 2015, está convidando a população de Petrolina, no Sertão pernambucano, para uma manifestação nesta terça-feira (10). O protesto pede por justiça e relembra os quatro anos da morte da menina.

A manifestação é organizada pelos pais de Beatriz e pelo Movimento "Somos Todos Beatriz" e a concentração ocorrerá a partir das 17h em frente ao colégio Maria Auxiliadora, onde a menina estudava. Na ocasião, serão mostradas fotos pessoais de Beatriz e será relembrada a trajetória de luta por justiça dos familiares da criança.

Segundo Lucinha Mota, mãe de Beatriz, esta data carrega muitas lembranças tristes e muita dor. "10 de dezembro é um dia de muita dor, de sofrimento, de tristes lembranças. É uma data difícil para todos nós. É uma data de maldade, de crueldade que fizeram com nossa princesa Beatriz, e que ainda continuam fazendo, não dando a ela o direito de ter um inquérito justo e um processo justo. Por isso, nós vamos fazer um manisfesto cobrando as autoridades", afirma ela.

Relembre o caso Beatriz

Beatriz Mota, então com 7 anos, foi morta com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a menina afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois.

Alisson Henrique foi considerado suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança da escola que mostravam o suposto autor do homicídio. A defesa dele citou que a polícia "usou Alisson como bode expiatório para poupar um erro" e que o HD com imagens do circuito do colégio "foi apagado pela polícia por um sistema incompatível". A prisão dele foi revogada.

O caso segue em sigilo de justiça, mas a mãe da menina faz críticas à Polícia Civil e pede a federalização do caso.