A Polícia Civil reiterou a confiança em elucidar o assassinato de Beatriz Mota nessa terça-feira (10), data em que o crime completa quatro anos. Até agora, não houve prisões.
A corporação informou que o caso corre em segredo de Justiça e por isto detalhes da investigação não podem ser revelados. A delegada Poliana Nery tem dedicação exclusiva no caso e instituiu uma força tarefa para contribuir na apuração do caso.
A polícia informou ainda que o inquérito do caso tem 19 volumes e mais de 4 mil páginas e está com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Também nessa terça, os pais de Beatriz fizeram uma manifestação na Praça Dom Malan e teceram críticas ao Governo do Estado, uma vez que estão desacreditados com as investigações.
Segundo Lucinha Mota, mãe de Beatriz, esta data carrega muitas lembranças tristes e muita dor: "10 de dezembro é um dia de muita dor, de sofrimento, de tristes lembranças. É uma data difícil para todos nós. É uma data de maldade, de crueldade que fizeram com nossa princesa Beatriz, e que ainda continuam fazendo, não dando a ela o direito de ter um inquérito justo e um processo justo".
Relembre o caso Beatriz
Beatriz Mota, então com 7 anos, foi morta com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a menina afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois.
Alisson Henrique foi considerado suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança da escola que mostravam o suposto autor do homicídio. A defesa dele citou que a polícia "usou Alisson como bode expiatório para poupar um erro" e que o HD com imagens do circuito do colégio "foi apagado pela polícia por um sistema incompatível". A prisão dele foi revogada.
O caso segue em sigilo de justiça, mas a mãe da menina faz críticas à Polícia Civil e pede a federalização do caso.