Investigação

PM que matou outro por engano é indiciado por homicídio culposo

Policial foi confundido por assaltante dentro de uma lotação

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 20/12/2019 às 18:49
Reprodução/Rádio Jornal News
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal News

O inquérito que investigava o caso de um policial militar que teria matado outro PM por engano em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, foi concluído. O caso aconteceu no dia 27 de outubro deste ano. O policial da PM de Alagoas Willian da Silva de Farias, 25 anos, estava voltando para casa na Paraíba em uma lotação que ia de Caruaru (PE) para Campina Grande. Armado, ele foi confundido com um assaltante por outro policial, lotado no 1º Batalhão Integrado Especializado (Biesp), que atirou contra Willian.

O motorista da lotação teria dito ao policial do 1º Biesp que havia uma pessoa suspeita no veículo. Ao ver que o outro policial estava com uma arma, o PM pensou que ele anunciaria um assalto e efetuou os disparos. Neste momento, Willian revelou que também era policial. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Mestre Vitalino, mas não resistiu e morreu. O velório foi realizado na Câmara de Vereadores da cidade de São Sebastião de Lagoa de Roça (PB). O sepultamento aconteceu no cemitério do município.

De acordo com o tenente coronel Flávio Bantim, comandante do 1º Biesp, o policial suspeito do crime foi indiciado por homicídio culposo. O caso foi encaminhado à Central de Inquéritos do Ministério Público e será julgado pela Justiça Militar. Para ele, houve falha dos dois policiais, os quais classificou como "inexperientes": do que atirou, por não ter administrado a situação da melhor forma, e da vítima, por ter mostrado que estava armado.

O policial que atirou no outro continua na ativa, desenvolvendo serviços administrativos, e segundo o comandante, está abalado psicologicamente. "Foi uma triste coincidência, de ele confundir a pessoa que estava armada com um meliante. Na verdade era um policial que também estava de folga. De imediato ele fez o socorro, tentou evitar o desfecho que teve. Algumas horas depois, o policial veio a óbito e infelizmente a gente registra isso como um fato lamentável, um engano que ocorreu", lamentou o tenente coronel.

Veja a entrevista completa:

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