*Com informações da Folhapress
Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (23) revelou que para 42% da população, o governo Jair Bolsonaro teve um desempenho ruim ou péssimo com relação ao vazamento de óleo que atinge o litoral brasileiro do fim de agosto até agora. Consideraram a ação do governo regular 31% e ótima ou boa, 23%.
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A avaliação negativa é pior quando são analisados os dados do Nordeste, região mais afetada pelas manchas. Metade da população da região considera ruim ou péssimo o desempenho de Bolsonaro em relação à crise. O óleo apareceu primeiro na Paraíba e depois se espalhou para outros estados nordestinos. Na região Sudeste, o óleo apareceu em quantidades menores no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.
A pesquisa foi realizada com 2.948 pessoas acima de 16 anos em 176 municípios nos dias 5 e 6 de dezembro de 2019. Mais de cem animais morreram após o contato com o petróleo, a maioria tartarugas marinhas. Foram 972 pontos afetados. O vazamento de óleo causou vários prejuízos para o turismo e para a pesca nas praias. Para 46% dos empresários, as respostas de Bolsonaro em relação ao desastre foram consideradas ótimas. Já para os estudantes, 60% das respostas foram ruins ou péssimas.
Impactos
Cinquenta e cinco dias depois do vazamento de óleo ocorreu o primeiro pronunciamento oficial em rede nacional. O presidente Jair Bolsonaro não visitou as áreas afetadas. As visitas in loco foram feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), enquanto ocupava o cargo de presidente de forma interina.
Vários voluntários que moram ou trabalham nas áreas das praias se mobilizaram em várias cidades do País para remover o óleo. Alguns deles chegaram a passar mal e precisaram ser levados para hospitais, devido à toxidade do óleo.
Apesar do grande impacto ambiental e socioeconômico, as causas das manchas de óleo ainda não estão claras. Em novembro, uma ação da Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em uma agência marítima do Rio de Janeiro e tinha como alvo o navio Bouboulina, de bandeira grega. O caso continua em apuração.