Com informações do Jornal do Commercio
A tarifa branca de energia é uma opção para pagar a conta mais barata. Porém, é necessária a atenção do consumidor antes de aderir a esta modalidade de cobrança, pois atitudes erradas podem fazer com que a conta sofra o efeito contrário e fique mais cara. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quem aderir à tarifa mas continuar a usar chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro de passar e máquina de lavar roupas nos horários de pico poderá sofrer penalidades.
A tarifa branca entrou em vigor em 2019 para unidades que tenham uma média de consumo mensal entre 250 e 500 quilowatts/hora (kWh). De acordo com a Aneel, 15,9 milhões de unidades consumidoras tem esse perfil, 19,1% do total. A média do consumo residencial brasileiro é de 160 kWh por mês. A partir de 2020, todos poderão aderir à modalidade tarifária. Atualmente, existem 83 milhões de unidades consumidoras no país, de baixa e alta tensão.
Apesar da tarifa branca ser uma opção para todos os consumidores brasileiros, cada uma das 69 concessionárias de energia elétrica precisam definir os valores a serem cobrados aos clientes que aderirem. Segundo a Aneel, não há uma fórmula nacional de horários e dias em que a energia custa mais barato. Para aderir, é preciso comunicar à concessionária, que terá um prazo de 30 dias para mudar o medidor de energia.
Como é a tarifa branca?
A tarifa branca vale para consumidores que não têm muitos aparelhos ligados durante 24 horas (como geladeiras, freezers, ou equipamentos de segurança eletrônica). A adesão pode ser vantajosa para pessoas que saem cedo de casa e só voltam ao fim do dia, após o horário de pico. Para consumidores pouco disciplinados ou que não conhecem bem o seu perfil de consumo, aderir à tarifa branca pode representar cair em uma “armadilha”. A Aneel alerta que os consumidores fiquem atentos a estes horários e possíveis alterações.
Para conseguir reduzir a conta de luz, é preciso se informar sobre qual é a faixa de horário mais barata, cobrada pela concessionária. Isso pode ser feito de forma direta, com a própria empresa, ou por meio do site da Aneel, onde também é possível fazer simulações de consumo para ver qual é o modelo mais adequado para cada perfil de consumidor. Uma outra referência que pode ajudar na decisão é o histórico com o consumo médio dos últimos 12 meses, disponível na fatura da conta de luz.
Ciente do horário em que a energia é mais barata, o consumidor deve organizar o uso de aparelhos como ar-condicionado, chuveiro elétrico, ferro de passar e máquina de lavar roupa - aparelhos que mais consomem energia.