Transporte alternativo

Loteiros cobram respostas após suspensão do serviço em Caruaru

Transporte alternativo foi proibido por decisão judicial

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 11/02/2020 às 15:03
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Os motoristas de transporte alternativo de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, estão cobrando respostas após uma decisão judicial proibir a atuação do serviço na cidade. Eles irão procurar a Câmara Municipal para que os vereadores pressionem a prefeitura para recorrer da decisão.

Na semana passada, uma decisão do juiz José Adelmo Barbosa, da 2ª Vara da Fazenda, proibiu a atuação dos loteiros. Passados 10 dias da decisão, publicada na última sexta-feira (7), a autarquia municipal de trânsito (Destra) deverá fiscalizar a atuação dos motoristas, que serão considerados irregulares. Os motoristas reclamam que não terão mais a atividade, já alguns moradores estão insatisfeitos, uma vez que algumas localidades da zona rural não são atendidas pelas linhas de ônibus.

O advogado da categoria, Narciso Silva, disse que ainda não se sabe como ficará a situação, já que antes os associados tinham o alvará concedido para trabalhar. O serviço, segundo ele, é desempenhado há mais de 30 anos pelos motoristas. "Agora a Destra vai entender categoria como clandestina? A população é a maior prejudicada com essa decisão", questionou.

De acordo com o presidente da Associação dos dos Transportes Alternativos de Caruaru, Luciano Ramos, a última vistoria foi feita pela Destra em 2017. "A gente queria fazer um apelo para que a prefeita receba a gente, para que esses pais de família não fiquem sem seu pão de cada dia", cobrou.

Prefeitura se pronuncia

Em entrevista ao vivo para o programa "Povo na TV", da TV Jornal Interior, a prefeitura do município se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto, através do secretário de Governo, Rubens Júnior. De acordo com o secretário, a gestão está procurando alternativas legais para solucionar o problema no âmbito jurídico.

Rubens Júnior reconhece que há localidades rurais em que as empresas que venceram a licitação do transporte público não chegam, como Serra dos Pintos e Bilhar de Tabocas: "São mais de 40 mil pessoas morando na zona rural, que precisam de alternativas para ir e vir. Se as empresas não conseguem atender, temos que ver uma forma de atender a população".