Moradores de Caruaru, no Agreste pernambucano, relataram um abalo sísmico no início da manhã desta sexta-feira (28), ocorrido por volta das 5h30. Tremores de terra são comuns na região.
Segundo o geofísico Eduardo Menezes, não foi possível registrar o tremor porque a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estava sem link com a estação de Caruaru. Ainda de acordo com ele, a intensidade do abalo deve ter sido bastante baixa.
O último abalo registrado na madrugada do dia 31 de dezembro do ano passado e teve magnitude de 2.3 na escala Richter. Na noite do 29 de dezembro, três tremores de terra foram registrados na cidade. Segundo informações do Laboratório de Sismologia da UFRN, os abalos tiveram magnitudes de 2.2, 1.7 e 1.9 na escala Richter. O centro dos tremores ocorreu a 12 quilômetros de Caruaru e sete quilômetros de São Caetano.
De acordo com o geofísico, o laboratório estuda há mais de 20 anos a região e identificou áreas com falhas ativas como Caruaru, São Caetano, Belo Jardim, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Segundo ele, os tremores no estado ocorrem por causa dessas falhas geológicas da Placa Sul-Americana: "Na realidade estamos no meio de Placa Sul-Americana. No meio dela, nós temos áreas em que ocorrem os chamados 'tremores intraplaca'. Nós temos várias áreas que possuem falhas geológicas, que entram em atividade em função dos esforços que atuam no interior da Terra que geram essas vibrações".