O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista à Rádio Jornal, que a fuga ocorrida durante a madrugada na Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, no Agreste, foi "de muita ousadia".
De acordo com ele, um grupo de homens armados com fuzis usou dinamites para explodir o muro do presídio. Pelo menos 27 presos fugiram da unidade prisional e ainda não foram localizados.
> Após explosão de muro, detentos fogem do presídio de Limoeiro, no Agreste
"Foi uma ação de muita ousadia, aliás, a mais ousada que tivemos aqui nos últimos 10 anos, porque eles não explodiram somente a muralha externa, eles ingressaram na unidade e foram diretamente para o pavilhão onde tinham presos de elevada periculosidade, explodiram a parede dessa área e conseguiram ingressar e tirar. Saíram 27 presos. Não vou negar, alguns de elevada periculosidade", reconheceu.
Segundo o secretário, desde 4h30 há equipes da Polícia Militar nas ruas procurando os detentos. As forças de segurança entraram em contato com estados vizinhos, como a Paraíba, para que ficassem atentos à possível chegada dos fugitivos ao estado.
"Infelizmente usaram dinamite, fuzis, espalharam grampos na estrada. Foi uma ação típica de assaltantes de bancos", detalhou Pedro Eurico sobre a fuga no Presídio de Limoeiro. Os criminosos ainda metralharam uma das guaritas.
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Fugitivos são perigosos
De acordo com informações do colunista Raphael Guerra, do Ronda JC, integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) estão entre os foragidos da penitenciária. O JC também apurou que um dos homicidas mais procurados de Pernambuco, Nego de Lídio, está entre os fugitivos. Jerry Adriani Gomes da Silva é acusado de 25 mortes, assaltos a carros-fortes e bancos.
Em nota, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que uma sindicância administrativa será aberta para apurar as circunstâncias do caso. Quem tiver qualquer informação sobre os presos que fugiram pode entrar em contato com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, através do número (81) 3182.7602.