Um projeto apresentado pelo câmpus Pesqueira do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) foi o primeiro colocado entre as propostas apresentadas por institutos federais de todo o Brasil, em uma seleção do Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética (EnergiF), do Ministério da Educação.
Agora, o câmpus será transformado em um Centro de Referência em Energia Solar Fotovoltaica, na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A instituição será um dos dois centros deste tipo do País, para a capacitação de professores e oferta de cursos profissionalizantes na área de energia solar fotovoltaica.
O investimento total é de R$ 200 mil e a previsão de implantação, até 2022. Haverá ainda a criação de um curso de pós-graduação lato sensu na área, ampliando a oferta de possibilidade de formação para os profissionais da região.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Manoel Henrique Pedrosa Filho, o câmpus também terá capacidade para fazer atividades de consultoria na área, por meio do Metys, grupo de trabalho formado pelos professores da área de engenharia elétrica. Uma empresa júnior também está em fase de planejamento.
Benefícios para comunidade local
O coordenador do curso de engenharia elétrica do IFPE Pesqueira, Alexandre Farias, vê benefícios para toda a região, uma vez que além da expansão de possibilidades de ensino, pesquisa e extensão na área, o projeto permite ampliar as capacitações para a comunidade local. "[O Centro de Referência] permitirá realizar capacitações mais completas em energia solar para a comunidade e para os docentes do Norte e Nordeste".
A conquista do Centro de Referência é vista como o maior avanço do instituto na área de energia solar fotovoltaica, desde que foi implantada a usina do câmpus, em 2015. Os projetos da usina solar e do laboratório de energias renováveis do IFPE-Pesqueira resultaram em convênios de pesquisa e desenvolvimento na área, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a EMPETUR (Arena de Pernambuco), além da aprovação de projetos em órgãos de financiamento (FACEPE e CNPq).