O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apresentou, nesta quarta-feira (14), denúncia contra Sari Mariana Costa Gaspar Corte Real, na 1ª Vara de Crimes contra Criança e Adolescente da Capital. Ela foi denunciada por abandono de incapaz com resultado morte, com os agravantes de ter sido contra criança e em meio à conjuntura de calamidade pública provocada pela pandemia de covid-19.
Primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real está sendo acusada pela morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, filho de sua ex-empregada doméstica. O menino caiu do nono andar do prédio de luxo em que a acusada mora, depois de ter sido deixado sozinho pela então patroa da mãe no elevador. No momento da morte, a empregada passeava com o cachorro dos patrões.
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A pena prevista para o crime de abandono de incapaz é de quatro a 12 anos de reclusão. Com o agravante, a possibilidade de pegar a pena máxima é maior, em caso de condenação. O promotor de Justiça responsável é Eduardo Tavares. Sarí responde em liberdade.
Agora, o juiz responsável pela 1ª Vara de Crimes contra Criança e Adolescente da Capital irá analisar a denúncia do MPPE e decidir se a aceita ou não. Em caso positivo, os advogados da acusada terão um prazo de 10 dias para apresentar a defesa. Depois, será realizada a audiência de instrução e julgamento do caso, com a oitiva de testemunhas de defesa e acusação.
Relembre o caso
Miguel morreu após cair de uma altura de 35 metros do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau (Torres Gêmeas), no bairro São José, na área central do Recife. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino entrou no elevador do prédio e foi até o 9º andar, onde escalou uma grade e caiu de uma altura de 35 metros. Ele estava no apartamento com a patroa da mãe dele e uma manicure.
A mãe dele desceu para passear com o cachorro da patroa. A criança quis ir junto com a mãe, mas foi contido pela dona do apartamento. O menino tentou escapar novamente e a moradora o deixou ir para o elevador sozinho. A patroa da mãe de Miguel, Sarí Corte Real, viu quando a criança entrou no elevador e não a impediu de andar sozinha.