Um levantamento realizado pelo Observatório da Segurança em Pernambuco revelou que o Estado é o segundo maior com relação aos números de feminicídios entre os acompanhados. De acordo com o estudo, 90 mulheres foram mortas por questões de gênero entre junho de 2019 e maio de 2020.
O levantamento também avaliou os números da Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. A Rede de Observatórios da Segurança leva em conta vários tipos de violência, além da cometida contra mulheres.
Em relação ao número de feminicídios, Pernambuco fica atrás apenas de São Paulo, que registrou 175 casos no período. Rio de Janeiro, com 56 mortes, e Bahia, com 75, apesar de terem populações superiores, ficam atrás de Pernambuco.
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Para a deputada estadual e delegada Gleide Ângelo, é preciso entender porque as mulheres não estão conseguindo romper o clico de violência e deixar seus agressores.
"Por mais que a gente trabalhe, por mais que a gente faça política pública, o machismo continua matando muito. Para combater essa cultura, tem que ter muitas ações afirmativas, tem que ter muitas políticas públicas, e ao mesmo tempo muita conscientização e fortalecimento das mulheres", destacou.
A delegada afirma que em muitos casos há dependência financeira ou emocional da vítima com relação ao agressor: "Muitos acreditam que essa dominação é amor, é a proteção que ela não teve lá atrás do pai e da mãe".
Gleide Ângelo sugere que haja tratamento psicológico para as mulheres, assim como ações de geração de emprego e renda para as mulheres que dependem de forma financeira dos companheiros.
Ouça a íntegra da entrevista: