Algumas empresas de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, começaram a recontratar funcionários demitidos e reverter a suspensão do contrato de trabalho e corte de jornada e salários, após a volta do comércio. Com os novos protocolos a ser seguidos pelas lojas para prevenir a contaminação pela covid-19, também é necessário realizar treinamentos com a equipe.
De acordo com o gerente das Casas Cabral, Adriano de Lima, de 40 a 50% da equipe deve voltar ao trabalho. "A gente já está começando a entrar em contato com as pessoas que nós afastamos, porém nós temos que cumprir o prazo que diz a CLT por conta do seguro-desemprego. Aquelas pessoas que a gente demitiu, afastou, e acha que pode reaproveitar, está reaproveitando", disse.
O gerente da Narciso Enxovais, Luan Barbosa, afirmou que alguns funcionários estão sendo treinados para voltar para a loja. "Tivemos um período difícil que foi o isolamento social, tanto para as vendas como para o nosso convívio, mas acredito que foi um grande passo para retomar o comércio", destacou.
A construção civil foi autorizada a atuar com 100% da capacidade, e isto também fez com que as empresas decidissem aumentar os quadros de funcionários. Na Viana e Moura, mais de 50 vagas foram abertas, inclusive para pessoas com deficiência. "Com essa retomada, nós queremos seguir com o nosso cronograma planejado para o segundo semestre e com isso se deu a abertura de novas oportunidades para novas pessoas aqui no nosso quadro", disse a analista de gestão de pessoas, Suzanny Santos.
Desemprego
De março a maio deste ano, foram desativados 3.378 postos de trabalho na cidade. Diminuindo o número de contratações, o acumulado do ano fica em 2.875 postos de trabalho fechados.
Para o auditor da Secretaria do Trabalho em Caruaru, Francisco Reginaldo, as demissões devem acontecer de forma menos intensa. A real retomada deve ocorrer apenas em 2021. "O desemprego deve continuar ao longo do ano de 2020 por conta da pandemia. Nós acreditamos que com o retorno das atividades não essenciais, como comércio e shoppings, nós acreditamos que vai acontecer um freio nas demissões".