A vacinação contra o coronavírus pode ser iniciada no estado de São Paulo em janeiro do próximo ano, de acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas. A declaração, porém, foi feita antes de a Rússia anunciar que desenvolveu a primeira vacina.
O Butantan fez um acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac para testar e produzir o medicamento. Os ensaios clínicos estão sendo realizados em seis estados e devem envolver 9.000 voluntários em 12 centros de pesquisa. A vacina precisar ter resultados positivos e ser segura e eficaz para poder ter o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Quando eu falo que podemos ter de fato uma vacinação inicial em janeiro, ela não é fora da análise crua do cenário. Tem muita gente dizendo que é otimismo demais. Isso pode ser relacionado a outras vacinas, não a essa [chinesa]”, disse o médico, professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), para a Folha.
Estudo chinês
O especialista acredita que o estudo chinês é o mais avançado atualmente. "É uma vacina que já está pronta, esperando autorização para uso emergencial. Existem outras sendo usadas emergencialmente por lá. O Exército chinês já está vacinando. Demonstrada a segurança, o procedimento [na China, em relação às normas regulatórias] é diferente", disse.