O Dia do Folclore é comemorado neste sábado (22) em todo o Brasil. A data foi oficializada em 1965, através de decreto assinado durante a ditadura militar pelo então presidente Castello Branco.
Por essa razão, a importância das histórias na formação cultural da população brasileira é reconhecida nacionalmente.
Em Pernambuco, há diversas lendas urbanas, que podem parecer menos ou mais reais, a depender de quem está escutando.
Casa Mal-assombrada
Há poucas coisas tão assustadoras como uma casa mal-assombrada, e existe uma dessas na cidade de Lagoa dos Gatos, no Agreste do Estado.
A residência centenária fica no sítio Riachão de Dentro e até os mais céticos sentem arrepios quando estão lá. Os relatos de assombrações vão de móveis que se arrastam no meio da noite até vozes que ecoam do além.
Conta-se que a casa foi construída por um homem conhecido como Caboclo Inácio, que viveu tranquilamente na região.
Foi depois da morte dele que começaram as histórias macabras. Os mais corajosos acreditam que a casa esconde algum tesouro e por isto sofre com uma maldição.
Pedra do Oratório ou Pedra do Reino Encantado
Também no município de Lagoa dos Gatos, existe a Pedra do Oratório, ou Pedra do Reino Encantado, que fica no Sítio Cafundó.
Os moradores acreditam que o espírito de uma moça está aprisionado na caverna, por causa de uma maldição.
As pessoas da região garantem que alguns visitantes que tocam na pedra conseguem ver a marca da mão, que desaparece pouco depois.
Outra curiosidade é que o espaço está sempre limpo, o que reforça a tese de que alguém está sempre limpando o local.
Comadre Fulozinha
Outra lenda popular brasileira é a da Comadre Fulozinha, uma mulher-fantasma que vive na floresta e faz tranças nos cabelos das pessoas e nos pelos dos animais.
A assombração também seria responsável por fazer os caçadores se perderem na mata. Há relatos de tranças e nós em cabelos na cidade de Agrestina. Uma das supostas vítimas precisou cortar os cabelos, tamanho o estrago.
Lobisomem
O lobisomem também é uma figura que causa arrepios em muita gente. Uma lenda que circula em Panelas diz que um grupo de estudantes foi atacado por um homem-lobo em Lagoa do Mato, na zona rural. O motorista teria sido perseguido pelo bicho. E tudo isso numa noite de lua cheia, claro.
Bolas de fogo
Em Cupira, a aparição de tochas (bolas de fogo) assusta os moradores. Alguns acreditam que tratam-se de almas que não conseguiram encontrar descanso.
Outros até concordam que se tratam de espíritos, mas creem na história de que uma comadre e um compadre tiveram um relacionamento amoroso e morreram como forma de castigo pelo pecado.
Galega da Cadisa
Caruaru também tem uma lenda, a da Galega da Cadisa. A mulher de cabelos loiros assustou muitos taxistas e motoristas no entorno do Estádio Luiz José de Lacerda, no bairro Maurício de Nassau, na década de 70.
A história é de que a mulher saía de uma loja de caminhões nas proximidades e ficava pedindo carona. No meio da viagem, ela desaparecia do carro, o que deixava os motoristas boquiabertos.
Hospital dos Bixiguentos
Já o "Hospital dos Bixiguentos" foi construído em 1800, no Sítio Mulungu, para tratar de pacientes com lepra.
A unidade de saúde foi desativada, mas a construção continua no mesmo lugar. As pessoas que moram no sítio relatam que até hoje ouvem gritos e vozes vindos das ruínas.
Mulher da Sombrinha
As aparições fantasmagóricas estão em todas as regiões do Estado. Em Catende, na Zona da Mata Sul, a história mais conhecida é a da Mulher da Sombrinha.
De acordo com a lenda, ela atraía operários da Usina Catende para o cemitério durante a madrugada e depois desaparecia. Depois, a lenda acabou virando um bloco de Carnaval.