Quando a empresária Waldilene Souza estava com oito meses de gravidez, descobriu que havia um tumor no feto. Os médicos chegaram a dizer que a criança teria 20% de chance de sobreviver, e por isto sugeriram a interrupção da gestação.
Religiosa, a empresária decidiu continuar com a gravidez. "O médico ainda me aconselhou, que se eu quisesse abortar ainda estava em tempo, mas se Deus me deu, é porque ele sabia do propósito que tinha para as nossas vidas", comentou.
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A mãe foi até São Paulo para receber atendimento médico e descobrir uma forma de ajudar o filho. Quando Felipe nasceu, o tumor, que já havia crescido, foi retirado.
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Mas a luta da família não terminou por aí. Após a cirurgia, o menino contraiu uma infecção hospitalar. "Nessa infecção hospitalar ele teve várias convulsões e foi para a UTI. Na UTI que ele ficou, oito crianças morreram dessa infecção hospitalar. Só ele e outro sobreviveram. Eu quase enlouqueço, foram 22 dias ele em coma, e eu conversando com ele todos os dias", relembrou Waldinele, emocionada.
Superação
Hoje, Felipe Souza é estudante universitário e está prestes a realizar o sonho de ser jornalista. Ele já estagiou em rádios de Caruaru e no Sistema Jornal do Commercio Interior (SJCC Interior).
O estudante anda com a ajuda de uma muleta, mas isto não traz maiores problemas. "Desde a infância eu sempre tive muito apoio, tanto da minha família como meus colegas de colégio, amigos. Eles sempre me incluíam em tudo, não ligavam para o que eu passava. Me viam como uma pessoa como eles", disse.