Um grupo de pesquisadores de várias universidades brasileiras começou, no mês de maio, um levantamento com o objetivo de analisar os impactos do isolamento social motivado pela pandemia da covid-19 em idosos. A avaliação será feita no período de um ano, focada na mobilidade deles.
As pessoas acima de 60 anos são consideradas do grupo de risco da covid-19, ou seja, estão mais vulneráveis às consequências da doença e por isso tendem a ficar mais isoladas. O estudo, que tem a participação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é dividido em partes, quando serão aplicados questionários em 1.483 idosos brasileiros.
A primeira etapa foi encerrada e os questionários do segundo trimestre começaram a ser respondidos em agosto. A coordenadora da pesquisa em Pernambuco, a professora Etiene Fittipaldi, do Departamento de Fisioterapia da UFPE, revelou ao JC que do total de participantes, 633 são nordestinos e 134 pernambucanos.
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Dos idosos que responderam o questionário, 69% afirmaram que realizavam atendimento médico ou fisioterapêutico antes da pandemia, bem como hidroginástica e acupuntura, entre outros.
Análises
Os resultados preliminares da pesquisa já apontam que os idosos pararam de realizar as atividades por causa do isolamento social. Os pesquisadores também analisam a repercussão da quarentena na saúde mental dos participantes.
A ideia é que o questionário seja aplicado dentro de três, seis e doze meses. Os idosos respondem as perguntas através de computador, tablet ou celular. O estudo servirá como base para promover políticas públicas voltadas para amenizar os prejuízos sofridos.