Crime

Caso de bebê que foi degolada pelo próprio tio em Altinho completa 1 ano

Criança foi mantida em cárcere privado pelo suspeito

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 02/10/2020 às 14:30
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

O caso da bebê que foi mantida em cárcere privado e degolada pelo próprio tio no sítio Taquara, em Altinho, no Agreste pernambucano, completou um ano. Segundo informações da Polícia Militar (PM), o suspeito chegou em casa alterado durante a madrugada, se trancou com a bebê de oito meses dentro do banheiro e não queria abrir a porta. Tudo ocorreu no dia 26 de setembro de 2019.

Na manhã do dia seguinte, a família acionou a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu para fazer a liberação da menina. Com a chegada da equipe de Bombeiros, foi iniciada uma intensa negociação. Em um determinado momento, a casa foi invadida e a porta do banheiro foi arrombada, mas a criança já havia sido morta.  

Na época do crime, o delegado Eduardo Sunaga contou à TV Jornal Interior que o suspeito teria usado um pedaço de cerâmica para matar a sobrinha. "Todas as testemunhas indicam que ele se trancou com a criança. Ele provavelmente usou um pedaço de cerâmica, que é um material cortante. Com essa cerâmica ele teria cortado o corpo da criança", explicou. O material foi apreendido. O suspeito foi autuado em flagrante.

Um ano após o crime, a casa onde tudo aconteceu está totalmente destruída. A residência foi abandonada e, atualmente, os familiares da criança moram em outra cidade. O bisavô da vítima, Arlindo Mathias, é o único parente que ainda mora nas proximidades do local. Ele conta que não tem mais contato com os familiares: "Eu não sei mais para onde foram. Não vi mais", disse. Os demais familiares informaram à equipe da TV Jornal Interior que ainda sofrem muito com a situação e preferem não gravar entrevistas.

O agricultor Heleno Inácio trabalhou por muito tempo com o suspeito e disse que não conseguiu acreditar quando soube da notícia do crime. "Eu só acreditei quando eu vi. Eu pensei que a menina estava viva, mas quando entraram no banheiro, ela já estava morta. A gente não sabe nem o motivo para ter acontecido. Eu acho que foi uma tragédia", disse ele.

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