Sistema

Em apenas uma semana, Pix tem quase 25 milhões de cadastros

Até agora, 922 instituições deram início ao processo de entrada no Pix, entre bancos, empresas de pagamento, fintechs, cooperativas, financeiras, entre outros

Equipe NE 10 Interior
Equipe NE 10 Interior
Publicado em 10/10/2020 às 9:03
Divulgação/Banco Central
FOTO: Divulgação/Banco Central

Na primeira semana de cadastro no Pix, quase 25 milhões de chaves foram computadas no sistema de pagamentos instantâneos brasileiro. Este quantitativo surpreendeu até o Banco Central (BC), que, no entanto, garante estar com o sistema pronto para atender todo esse tráfego de cadastros e pagamentos sem mais nenhum contratempo. 

Até agora, 922 instituições deram início ao processo de entrada no Pix, entre bancos, empresas de pagamento, fintechs, cooperativas, financeiras, entre outros. "Todos esses números nos dizem que há clara demonstração de interesse dos usuários que demandarão o serviço e também das empresas que ofertarão o Pix", analisou o chefe adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC, Carlos Eduardo Brandt.

Novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas, gratuito para pessoas físicas, o Pix, vai funcionar de forma parecida com as transferências DOC e TED. A vantagem é que permitirá um acesso mais simples do que os serviços que existem até agora.

Entenda mais sobre o Pix nos parágrafos abaixo: 

Instantâneo

As transações feitas pelo sistema serão compensadas instantaneamente. Apenas nos casos em que houver suspeita de fraude, os pagamentos ou transferências podem demorar até 30 minutos para serem verificados. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.

Chaves

O Pix também ganha velocidade porque não é necessário informar todos os dados do beneficiário. Os usuários do serviço podem cadastrar de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação.

Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número do celular, o endereço de correio eletrônico (e-mail) ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). Basta informar a chave do beneficiário para que o sistema localize o recebedor do pagamento e realize a transação. No caso de não ter uma chave, o usuário precisará repassar os dados bancários ao outro envolvido na transação.

O código EVP permite receber pagamentos sem informar nenhum dado pessoal, sendo um código com letras e números criado especificamente para as transações por meio do Pix. O código aleatório vai possibilitar ainda a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmera de celular para fazer pagamentos. Os códigos podem ser fixos, com um mesmo valor de venda (em locais de preço único), ou variáveis, criados para cada venda.

Quem pode oferecer

Os usuários podem cadastrar as chaves fazendo contato com as instituições com as quais têm relacionamento. Estão aptos a fazer transações pelo Pix bancos, instituições financeiras e plataformas de pagamento.

Limites

Os valores que poderão ser transacionados pelo novo sistema vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. Os limites variam de no mínimo, segundo a regulamentação do Banco Central, 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito.

Os limites vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço. O Pix vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. As transferências e pagamentos também podem ser agendadas, da mesma forma que acontece com o DOC e a TED.

Tarifas

O Pix é gratuito para transferências ou recebimento por pessoas físicas. Poderão ser cobradas tarifas caso o sistema seja usado como meio de recebimento para vendas de produtos ou serviços. As instituições podem ainda tarifar o uso presencial ou por telefone do sistema. As instituições são livres para tarifar os usuários pessoas jurídicas (empresas).

Início

O sistema vai entrar em operação, em fase experimental, a partir de 3 de novembro. Nessa etapa, vai funcionar apenas para um número reduzido de clientes e em horário limitado. Ainda não foram definidos os critérios que vão determinar como serão escolhidos os usuários nessa fase experimental.

O sistema será aberto para toda a população a partir de 16 de novembro.