Diversos incêndios foram registrados em Pernambuco no segundo semestre deste ano. O mais recente ocorre na manhã desse domingo (11), quando o Parque Estadual Mata da Pimenteira, em Serra Talhada, no Sertão pernambucano foi tomado pelas chamas e o fogo não havia sido controlado até essa terça-feira (13).
Segundo o tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Cristiano Correia, que comanda a operação de combate ao incêndio local, de 1º de agosto até 10 de outubro, foram atendidos mais de 250 chamados para contenção de incêndios em vegetação nativa na região do Sertão do Pajeú.
“Apagamos incêndios também no Sertão do Araripe, do Moxotó, Central e do São Francisco, mas, as ocorrências no Sertão do Pajeú superaram os números das outras áreas. Este ano, já em outubro, contabilizamos um aumento de mais de 30% dos incêndios ocorridos em relação ao ano de 2019, só na região do Pajeú”, contou ao blog Waldiney Passos.
De acordo com ele, os ventos, a baixa umidade, altas temperaturas e até mesmo as chuvas no local podem ter agravado a situação: “Parece contraditório: em anos de mais chuvas, mais focos de incêndio. Mas o crescimento da vegetação leva ao aumento da biomassa, que vira combustível. Pega fogo rapidamente. Como a chuva traz de volta a esperança na colheita, o sertanejo volta a plantar. E pequenos agricultores que fazem a limpeza de áreas, queimando a terra para plantarem, que é o sistema de coivara, também promovem o risco de incêndios”.
O fogo no Parque Estadual Mata da Pimenteira é difícil de controlar, segundo o tenente. “Os incêndios em áreas florestais demoram a serem extintos porque não é só a queima aparente, a que se vê na superfície. Na profundidade, o fogo também existe. É como uma fogueira de São João, que você julga apagada, mas que, ao revolver as cinzas, percebe que ainda há brasas. Isto é o que acontece em um incêndio em uma área de campo, só que em proporções muito maiores”, disse.
*Informações do blog Waldiney Passos, parceiro do NE10 Interior.