Violência

Acusados de matar segurança de boate em Caruaru são condenados a 20 anos de prisão

Jean Carlos, de 34 anos, foi assassinado enquanto trabalhava

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 23/10/2020 às 11:48
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Os dois acusados de matar o segurança de uma boate na Rua da Silvino Macêdo (Má Fama), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, foram condenados em julgamento realizado nessa quinta-feira (22) na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Caruaru.

O segurança Jean Carlos Pereira da Silva, então com 34 anos, foi morto no dia 2 de fevereiro de 2019, em frente à boate em que trabalhava.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o segurança teria sido morto depois de expulsar um grupo de pessoas da boate após uma briga. Eles teriam deixado o local e depois retornado. O crime aconteceu por volta das 3h50.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jonas Félix Alves e Lucas da Silva foram condenados a 20 anos de reclusão em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado (por motivo torpe e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima).

O TJPE informou ainda que Jonas Félix Alves teve a pena reduzida com base do artigo 29 § 1º do Código Penal, que trata sobre a menor participação no crime. Ele deverá cumprir 11 anos e seis meses de reclusão.

Ambos cumprirão pena na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru.

Segurança Jean Carlos Pereira da Silva, 34 anos, foi morto durante o expediente
Segurança Jean Carlos Pereira da Silva, 34 anos, foi morto durante o expediente
Arquivo pessoal

Relembre o caso

O segurança de boate foi assassinado na madrugada do dia 2 de fevereiro, em frente ao estabelecimento em que trabalhava. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Jean Carlos teria sido morto depois de expulsar algumas pessoas da boate depois de uma briga registrada no estabelecimento. O autor do crime teria ameaçado o segurança e retornado ao local para matá-lo.

O delegado Anderson Liberato contou que os jovens chegaram na boate por volta das 22h30 com outros dois amigos; deixaram o estabelecimento às 3h30 e voltaram às 3h50 para cometer o crime. Durante as investigações, um jovem chegou a ser preso temporariamente suspeito de participação no crime, mas foi liberado após os levantamentos da polícia.

Por meio de nota na época do crime, a boate que que Jean trabalhava lamentou a "forma injusta" como ele morreu. Confira a íntegra do texto:

"A Hit! Club manifesta profundo pesar à família de nosso colaborador e amigo Jean em virtude de seu falecimento ocorrido nessa madrugada. Jean foi tirado de nós de forma injusta e essa dor jamais será reparada. Que Deus conforte a família enlutada e a todos nós, sempre agraciados pela presença leve e doce de Jean".