UOL - O melhor conteúdo
Economia

Educador financeiro projeta 1º trimestre mais difícil sem auxílio

Cerca de 67 milhões de pessoas são impactadas pelo fim do auxílio emergencial

Laís Milena
Laís Milena
Publicado em 13/01/2021 às 14:05
Marcello Casal Jr./ABr
FOTO: Marcello Casal Jr./ABr

O fim do auxílio emergencial, que beneficiou mais de 67 milhões de pessoas, vai deixar uma lacuna na economia do país. Segundo a Caixa Econômica Federal, cerca de 36% dos beneficiados não tinham outra fonte de renda, e com o desemprego crescente o brasileiro vai precisar economizar em 2021.

Durante entrevista à Rádio Jornal Limoeiro, o educador financeiro, Dawison Barbosa fez projeções sobre a situação econômica do Brasil. "O primeiro trimestre do país vai ser mais difícil, historicamente já é um período difícil, e deixar de receber o auxílio emergencial vai realmente impactar na economia, na população e no comércio. Com certeza vai ser preciso ajustar muita coisa".

O benefício teve um custo de 300 bilhões de reais nos cofres públicos. O governo também fez ajustes para antecipar o décimo terceiro salário e o FGTS. Se por um lado foram injetados bilhões na economia, por outro subiram os gastos, principalmente com a saúde. Segundo o educador financeiro, "o país está passando por um arrocho fiscal, 90% do que vai ser produzido já está comprometido nos gastos públicos, sejam com as funções públicas, como também com das dívidas".

O impacto do fim do auxílio vai refletir em todo o país, no entanto, as projeções indicam que as regiões Norte e Nordeste serão as mais afetadas. "O dinheiro que veio do auxílio emergencial fez com que o nordeste de alguma forma tivesse um benefício maior do que o restante do país, sem o auxilio com certeza o impacto vai ser maior", projeta o educador.

Para quem está desempregado, apostar em uma ideia e empreender pode ser uma saída. "Existem linhas de crédito, não só dos bancos privados, mas da Caixa por exemplo, que auxilia o pequeno e médio empreendedor que está começando", explica Dawison.

Escute a entrevista completa