Caso o Ministério da Saúde não apresente definição sobre a compra de 54 milhões de doses adicionais da Coronavac, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve oferecer as doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan diretamente aos representantes dos Estados.
O Butantan possui um contrato de fornecimento de 46 milhões de vacinas. Essa quantidade de doses pode ser expandida para até 100 milhões. O instituto aguarda uma posição do governo para produzir as doses adicionais que devem ser utilizadas para cumprimento do Plano Nacional de Vacinação.
Por sua vez, o Ministério da Saúde diz que está dentro do prazo contratual para se manifestar. O secretário executivo da pasta, Élcio Franco, disse em entrevista à rádio CBN que o governo tem até o dia 30 de maio para decidir sobre a compra.
"É um absurdo. Nós estamos diante de uma pandemia que leva vidas de mais de 1,2 mil brasileiros todos os dias e o Ministério da Saúde vai pensar se compra vacinas? O mundo todo comprando vacinas e aqui o Ministério da Saúde vai avaliar e vai decidir daqui a dois meses se compra ou não vacinas", disse João Doria nesta sexta-feira (29) em entrevista à rádio Jovem Pan.
Exportação
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, havia comentado inicialmente sobre a possibilidade de exportar doses da CoronaVac caso o governo não apresentasse uma definição.
A ideia é de enviar as vacinas para outros países da América Latina como Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia.